segunda-feira, 4 de março de 2013

Evangelho quotidiano

Segunda-feira, dia 04 de Março de 2013
Segunda-feira da 3ª semana da Quaresma

S. Casimiro, príncipe da Polónia, penitente, +1484,  S. Lúcio I, papa, mártir, +254



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
São João Crisóstomo : Acolher a Cristo

Leituras

2 Reis 5,1-15a.



Naqueles dias, Naaman, general dos exércitos do rei da Síria, gozava de grande prestígio diante do seu amo e era muito estimado, porque, por meio dele, o Senhor salvou a Síria; era um homem robusto e valente, mas leproso. 
Ora tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem donzela, que ficou ao serviço da mulher de Naaman. 
Ela disse à sua senhora: «Ah, se o meu amo fosse ter com o profeta que vive na Samaria, certamente ficava curado da lepra!» 
Naaman foi contar ao seu soberano aquilo que dissera a jovem israelita. 
O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu vou escrever uma carta ao rei de Israel.» Naaman partiu levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa. 
Levou ao rei de Israel uma carta escrita nestes termos: «Juntamente com esta carta, aí te mando o meu servo Naaman, para que o cures da sua lepra.» 
Ao terminar de ler a carta, o rei de Israel rasgou as suas vestes e exclamou: «Sou eu, porventura, um deus que possa dar a morte ou a vida, de modo que me enviem alguém para eu o curar da lepra? Reparai e vede como ele busca pretextos contra mim.» 
Mas Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei rasgara as suas vestes e mandou-lhe dizer: «Porque rasgaste as tuas vestes? Que ele venha ter comigo e saberá que há um profeta em Israel.» 
Chegou, pois, Naaman com o seu carro e os seus cavalos e parou à porta de Eliseu. 
Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne ficará limpa.» 
Naaman, despeitado, retirou-se, dizendo: «Pensava que ele sairia a receber-me e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, colocaria a sua mão no lugar infectado e me curaria da lepra. 
Porventura, os rios de Damasco, o Abaná e o Parpar, não são acaso melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia lavar neles e ficar limpo?» E, virando costas, retirou-se indignado. 
Mas os seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a deverias fazer? Quanto mais agora, ao dizer-te: ‘Lava-te e ficarás curado.’» 
Naaman desceu ao Jordão e lavou-se sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e a sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. 
Voltou, então, ao homem de Deus com toda a sua comitiva; entrou, apresentou-se diante dele e disse: «Reconheço agora que não há outro Deus em toda a Terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo.» 


Lucas 4,24-30.


Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. 
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; 
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon. 
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.» 
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor. 
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. 
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho. 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Sermão sobre Elias e a viúva, e as esmolas; PG 51, 348

Acolher a Cristo

A viúva de Sarepta recebe o profeta Elias com toda a generosidade e esgota
toda a sua pobreza em sua honra, embora seja uma estrangeira de Sídon. Ela
nunca tinha ouvido o que os profetas dizem acerca do mérito da esmola, e
muito menos ainda a palavra de Cristo: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt
25,35).


Qual será a nossa desculpa se, depois de tais exortações, depois da
promessa de tão grandes recompensas, depois da promessa do Reino dos Céus e
da sua felicidade, não chegarmos ao mesmo grau de bondade que esta viúva?
Uma mulher de Sídon, uma viúva, tendo a seu cargo o cuidado de uma família,
ameaçada pela fome e vendo chegar a morte, abre a sua porta para acolher um
estranho e dá-lhe a pouca farinha que lhe resta. [...] Mas nós, que fomos
instruídos pelos profetas, que ouvimos os ensinamentos de Cristo, que
tivemos a possibilidade de reflectir sobre as coisas futuras, que não
estamos ameaçados pela fome, que temos muito mais do que esta mulher,
seremos desculpados se não ousarmos tocar nos nossos bens para os dar?
Negligenciaremos a nossa própria salvação? [...]


Manifestemos portanto para com os pobres uma grande compaixão, a fim de
sermos dignos de possuir para sempre as coisas que hão-de vir, pela graça e
pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo para com a humanidade.

Motorista capota após dar cavalo-de-pau na Praia do Araçagi



Acidente ocorreu na manhã de domingo (3), em São Luís.
Segundo testemunhas, motorista estava dando cavalos-de-pau na areia.

Do G1 MA

Caminhonete ficou atolada na areia após capotamento (Foto: Flora Dolores/O Estado)Veículo SUV ficou atolado na areia após capotamento (Foto: Flora Dolores/O Estado)
Um veículo SUV capotou neste domingo (3), na Praia do Araçagi, na região metropolitana deSão Luís. Após o acidente, o carro foi abandonado e ficou atolado na areia.
Segundo informações repassadas por testemunhas, o capotamento ocorreu por volta de 6h. O condutor aparentava embriguez e estaria dando cavalos-de-pau na faixa de areia quando o capotou o veículo três vezes.
Além do motorista, outro homem ocupava o banco de carona do veículo; nenhum dos dois ficou ferido. Ainda, segundo testemunhas, eles abandonaram a SUV no local.
O carro atolou praticamente pela metade. No início da tarde, depois que a maré baixou, um caminhão-guincho tentou remover o veículo sem sucesso. Somente no fim da tarde, um caminhão munck conseguiu retirar a SUV do local.

Número de mortes em conflitos por terras cresce 10,3% em todo o país entre 2011 e 2012



No ano passado, foram 32 líderes locais assassinados


SÃO PAULO — A tensão causada pela disputa por terras tem se agravado e elevado o número de mortos em conflitos agrários no Brasil. No ano passado, o total de líderes locais assassinados, entre sem-terra, indígenas e pescadores, cresceu 10,3% em relação a 2011, subindo de 29 para 32. As mortes aconteceram, em sua maioria, no Pará e em Rondônia, estados onde os conflitos por terras e as disputas em torno da exploração ilegal de madeira têm recrudescido nos últimos anos. Os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostram que o Rio de Janeiro, onde a média de mortes era de uma por ano, contabilizou quatro no ano passado, maior patamar desde 1999, quando foram assassinadas cinco pessoas. No país, de 2000 a 2012, a violência causada por conflitos agrários provocou 458 mortes.

Uma das últimas vítimas foi um dos dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Campos dos Goytacazes (RJ), Cícero Guedes dos Santos, de 49 anos, assassinado com dez tiros, em janeiro, em uma estrada de terra do município. A Polícia Civil apura o envolvimento no crime de um homem que pretendia assumir a liderança de um assentamento na Usina Cambahyba, invadida em 2012. Em fevereiro, 11 dias após a morte do sem-terra, o corpo da produtora rural Regina dos Santos Pinha, de 56 anos, foi encontrado no assentamento Zumbi dos Palmares, também em Campos dos Goytacazes (RJ).

— Na Usina Cambahyba, o mandante do assassinato foi identificado e, segundo as investigações, é um ex-empregado da fazenda que queria exercer influência no acampamento dos trabalhadores. Como sua influência não foi aceita, ele acabou matando o dirigente. Em relação à outra morte, ainda não foi identificada a motivação do assassinato, explicou o ouvidor agrário nacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, desembargador Gercino José da Silva Filho.

Em novembro ocorreu o maior número de mortes no campo em 2012. Ao todo, sete pessoas foram assassinadas, quase metade delas no Pará. O estado, que costuma registrar o maior número de mortes em conflitos no campo, apresentou queda no total de assassinatos: de 12, em 2011, para 6, em 2012. Em Rondônia, por sua vez, a violência aumentou: de 2, em 2011, para 7, em 2012. O aumento deveu-se sobretudo à disputa entre madeireiros na área de divisa do estado com o Acre e o Amazonas, região que tem sido palco de episódios de violência nos últimos anos. O avanço recente da ocupação de terras no local também é apontado como fator responsável pela grande incidência de conflitos.

— Os conflitos continuam e a violência aumenta não tanto pela ação estatal, como se via há muito tempo, mas agora pela iniciativa privada de pistoleiros, jagunços e até de empresas contratadas para fazerem esse tipo de violência — observou Isolete Wichinieski, da coordenação nacional da CPT.

Ano passado, conflitos em áreas indígenas deixaram sete mortos, a maioria no Maranhão. Em Mato Grosso do Sul, em fevereiro deste ano, um índio guarani-caiová, de 15 anos, foi morto na cidade de Caarapó, crime que teve repercussão internacional. Denilson Barbosa foi assassinado pelo fazendeiro Orlando Gonçalves Carneiro, que confessou o crime um dia após o assassinato. Na última quinta-feira, a família da vítima foi incluída no Programa de Proteção a Testemunhas, que, em 2011, quintuplicou o total de protegidos no campo.

Atualmente, segundo a Secretaria de Direitos Humanos, 391 pessoas estão incluídas no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos. Os dados da CPT mostram que o número de pessoas “marcadas para morrer” no meio rural em 2012 foi menor que em 2011, mas permaneceu em nível elevado. O total de pessoas ameaçadas de morte passou de 347, em 2011, para 280, em 2012, o segundo maior patamar desde 2006. No Norte, os próprios integrantes da CPT têm sofrido ameaças e perseguições de pessoas que exploram ilegalmente a madeira da região.

O tráfico de madeira vitimou, no ano passado, duas pessoas em Rondônia. Na frente do filho, de 5 anos, a extrativista Dinhana Nink, de 28 anos, foi assassinada após ter denunciado um grupo de grileiros que extraía madeira ilegalmente na região. Outra vítima foi o índio João Oliveira da Silva Kaxarari, assassinado em agosto por traficantes de maneira que invadiram uma propriedade indígena, na fronteira entre Rondônia e Amazonas.

Cientistas anunciam cura funcional de bebê com HIV



Há mais de 3 milhões de crianças vivendo com vírus da Aids


Cientistas americanos disseram, neste domingo, que conseguiram pela primeira vez curar um bebê com HIV. Se for confirmado, o resultado pode alterar o tratamento dado a bebês filhos de mães soropositivas, além de ser uma esperança para reduzir o número de crianças que convivem com o vírus.

Segundo a equipe médica, é o primeiro caso documentado de "cura funcional" de uma criança infectada pelo HIV, quando a presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos testes clínicos padrões.

O caso foi apresentado em uma conferência em Atlanta, nos EUA, pela médica Deborah Persaud, virologista do Centro da Criança Johns Hopkins. A apresentação completa acontecerá nesta segunda-feira.

A criança, uma menina que nasceu em uma zona rural do Mississippi, nos EUA, foi tratada com remédios antirretrovirais 30 horas de seu nascimento, um procedimento que não é o normalmente adotado nesses casos.

A menina, agora com dois anos e meio, está há um ano sem tomar medicamentos e não apresenta sinais do vírus.

Se estudos futuros comprovarem o resultado e indicarem que o método funciona com outros bebês, o tratamento de recém-nascidos infectados em todo o mundo deve mudar, dizem especialistas.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, há mais de 3 milhões de crianças vivendo com vírus da Aids.

PRECAUÇÃO

Apesar da empolgação com o anúncio, especialistas na área ainda pedem cautela. Eles ainda não tiveram acesso aos detalhes do caso e dizem que ainda é preciso confirmar se o bebê realmente havia sido infectado com o HIV pela mãe.

Se não for exatamente isso, trataria-se de uma situação de prevenção, o que não é inédito em bebês nascidos de mães infectadas.

A equipe de médicos e cientistas que cuida da menina do Mississippi, no entanto, diz que foram feitos cinco testes positivos no primeiro mês de vida do bebê, o que comprovaria que ela estava infectada.

MÃE DESCONHECIA DOENÇA

Quando chegou a um hospital na zona rural, em 2010, a mãe da criança já estava em trabalho de parto. Ela deu à luz prematuramente.

Como a mãe não havia feito nenhum exame pré-natal, ela não sabia que era portadora do HIV. Quando um exame mostrou que ela estava infectada, o hospital transferiu a criança para o Centro Médico da Universidade do Mississippi, onde chegou com cerca de 30 horas de vida.

A médica responsável pelo caso, em entrevista ao "New York Times", disse que solicitou duas amostras de sangue com uma hora de intervalo para testar a presença o HIV no RNA e no DNA do bebê.

Os exames identificaram 20 mil cópias do vírus por milímetro de sangue, índice baixo para bebês.

Sem esperar os exames que confirmariam a infecção, a médica deu à criança três drogas usadas para tratamento, e não para a profilaxia. Com esse tratamento, os níveis do vírus diminuíram rapidamente, e ficaram indetectáveis quando o bebê completou um mês de vida.

Foi assim foi até que a criança completasse 18 meses, quando a mãe parou de levá-la ao hospital.

Quando elas retornaram, os testes deram negativo. Suspeitando de erro nos exames, ela pediu mais testes.

"Foi uma surpresa", disse a pediatra Hanna Gay.

Uma quantidade praticamente desprezível de material genético viral foi encontrado, mas sem vírus que pudesse se replicar. Por isso, segundo o grupo, foi uma cura funcional da infecção.

Após do início do tratamento, os níveis do vírus no sangue do bebê foram reduzidos em um padrão de pacientes infectados.

Mais testes ainda são necessários para verificar se o tratamento teria o mesmo efeito em outras crianças, mas os responsáveis pelo caso já comemoram.

PRIMEIRA CURA

O americano Timothy Brown, que acabou ficando conhecido como "o paciente de Berlim", é considerado o primeiro caso de cura do HIV.

Ele tinha leucemia e recebeu, em uma cirurgia na capital alemã, um transplante com células-tronco de um doador que era geneticamente resistente à contaminação pelo HIV.

Preço do gás de cozinha maranhense é o quarto mais caro do país, diz ANP



Estado só perde para Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul


Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o gás de cozinha (GLP) vendido no Maranhão é o quarto mais caro do país. E São Luís aparece em segundo lugar entre os municípios do estado com o botijão mais caro, atrás apenas de São José de Ribamar, na região metropolitana.

Pela tabela divulgada pela ANP, entre os dias 17 e 23 fevereiro, o preço médio do GLP cobrado no Estado chegou a R$ 44,38, menor apenas que no Acre, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Estado, o preço médio no período mais alto foi registrado em São José de Ribamar, R$ 48,63; seguido por São Luís, R$ 48,46; e Carolina, R$ 44,67.

Em São Luís, na hora da venda a variação é grande. No São Francisco, por exemplo, é vendido a R$ 45. No mesmo bairro e em uma rua bem próxima, é vendido a R$ 48. “Você trabalhar com as motos, direitinho, com manutenção os funcionários em dia, pagando impostos, com as medidas de segurança... Há muitas despesas”, disse o comerciante João Pereira.

A entrega em domicílio na capital, dependendo da quantidade de botijões, custa R$ 50. Em um restaurante, devido ao gás de cozinha, as despesas mensais cresceram 20%. “Muitos clientes reclamam, mas outros já entendem, porque também utilizam em casa e sabem que o gás aumentou, além de outros produtos”, explicou o empresário Mauro Henrique

Conheça os possíveis sucessores de Bento XVI



Analistas apontam o arcebispo de São Paulo, como um dos favoritos a papa. Giacomo Galeazzi acredita que o nome de Scherer pode receber apoio dos americanos.


O primeiro domingo sem papa, e sem Ângelus, não afastou da praça os peregrinos que passaram por Roma. O nome de Bento XVI desapareceu das celebrações, como está previsto durante a Sé Vacante.
Uma notícia na agência italiana Ansa provocou embaraço entre os cardeais brasileiros. A de que o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno não votaria em Dom Odilo Scherer no conclave e sim no canadense Marc Ouellet. Dom Damasceno desmentiu.

"Eu creio que essa agencia está mal informada. Não sei de onde ela tirou essa informação. Eu nunca me pronunciei a respeito da pessoa em quem votarei nesse conclave. Digo mais uma vez e repito: que Dom Odilo tem todas as condições de assumir um pontificado caso ele venha a ser votado no próximo conclave.", disse.
Alguns analistas apontam o arcebispo de São Paulo, como um dos favoritos a Papa. Giacomo Galeazzi acredita que o nome de Scherer pode receber apoio dos americanos. "Ainda que Dom Odilo seja visto como um homem próximo a Tarciso Bertone, ele está na Comissão de Vigilância do Banco do Vaticano, que possui um patrimônio de 5 bilhões de euros. E este cargo é uma vantagem", diz o vaticanista do jornal La Stampa.
Outro brasileiro cotado é o ex- presidente da Congregação dos Religiosos, Dom João Brás de Aviz, de 65 anos.
Paranaense, foi criado cardeal por Bento XVI no ano passado.
"Ainda há uma grande incerteza. Uma parte dos cardeais quer apostar no cardeal Angelo Scola. Mas os estrangeiros pedem mais tempo para ver se vale a pena apoiar alguém da América do Norte ou do Sul"  diz Marco Politi,  vaticanista do jornal Il Fatto Quotidano.
Scola, de 72 anos, é arcebispo de Milão, uma das maiores dioceses do mundo. É visto como uma mistura de João Paulo II com Bento XVI. Homem de fé e ao mesmo tempo de governo.
Na Capela Sistina, 51 países estarão representados. A Itália tem o maior numero de eleitores: 29 votos. Mas há rumores de que os cardeais italianos não estariam unidos. Para eleger o Papa são necessários dois terços dos votos - o equivalente a77.
O arcebispo de Boston, Sean Patrick O'Malley, de 69 anos, desde 2002 combate a pedofilia na igreja. O americano fala espanhol, português e alemão.  É outro nome que vem crescendo nas preferências.
Uma figura que fascina muitos cardeais é Peter Erdo, de 61 anos, arcebispo de Budapeste. Muito estimado por Bento XVI, é presidente do Conselho dos Bispos Europeus.
Marc Ouellet, cardeal de Quebec no Canadá, era o prefeito da Congregação dos Bispos. Visto como humilde e flexível, é um dos poucos que se reunia com Bento XVI todas as semanas. Mas há informações de que ele teria declarado que não quer ser Papa.
O argentino Leonardo Sandri, representante da cúria romana, 70 anos, também desponta entre os preferidos. É visto como um candidato que quer conservar a cúria -a cúpula da igreja- tal como ela é.
Do lado oposto, entre os que querem a reforma da cúria romana, está Carlo Maria Vigano. Atual núncio nos Estados Unidos, foi afastado pelo cardeal Tarciso Bertone porque queria sanear as finanças do Vaticano.

Galeazzi diz que se os italianos não conseguirem eleger rapidamente um candidato deles, poderá haver um confronto e o conclave se estender por até duas semanas.
O cardeal da Escócia, Keith O'Brien, acusado de ter molestado quatro padres, e que já tinha pedido demissão e não participaria do conclave, hoje assumiu que cometeu atos inapropriados. O'Brien divulgou uma nota pedindo desculpas à Igreja e ao povo escocês
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Cotação de Dom Odilo Scherer para suceder Bento XVI cresce, diz jornal



Segundo o 'La Stampa', cardeais italianos estariam articulando o nome.
Acordo incluiria eleger um secretário de Estado italiano no Vaticano.

Do G1, em São Paulo
O jornal italiano "La Stampa" afirmou no sábado (2) que cresce a cotação do cardeal brasileiro dom Odilo Scherer para se tornar o novo Papa, sucedendo ao agora Papa Emérito Bento XVI.
A articulação incluiria eleger um secretário de Estado do Vaticano italiano, ou argentino de origem italiana no conclave de cardeais que deve ocorrer nos próximos dias, após a renúncia de Bento XVI, formalizada na última quinta-feira (28).
Por trás da iniciativa, segundo o jornal, estaria o decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, e o cardeal italiano Giovanni Battista Re, além de outros cardeais italianos.
A argumentação a favor de Dom Odilo, sempre segundo o jornal, é que ele é um latino-americano bem considerado, fala bem italiano e tem um sobrenome alemão e "modos medidos" que o fazem parecer "pouco latino".
Já o jornal "Il Messaggero" coloca Scherer ao lado de três outros favoritos: o canadense Marc Ouellet, o húngaro Peter Erdo e o italiano Angelo Scola.
Dom Odilo Scherer é o grão-chanceler da PUC-SP (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)Dom Odilo Scherer (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

Cientistas dos EUA anunciam 'cura funcional' de criança com HIV



Eles dizem que é o 1° caso do tipo; bebê foi tratado logo após nascer. 
Vírus não foi erradicado, mas ficou indetectável nos exames comuns.

Do G1, em São Paulo
Pesquisadores dos Estados Unidos apresentaram neste domingo (3) o que, segundo eles, é o primeiro caso documentado de “cura funcional” de uma criança infectada pelo HIV.
A cura funcional ocorre quando a presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos testes clínicos padrões e discernível apenas por métodos ultrassensíveis.
Ela é diferente da cura “por esterilização” (que pressupõe uma erradicação completa de todos os traços virais do corpo), mas significa que o paciente pode se manter saudável sem precisar tomar remédios por toda a vida.
A virologista Deborah Persaud, da Johns Hopkins (Foto: AP Photo/Johns Hopkins Medicine)A virologista Deborah Persaud, coordenadora do estudo. (Foto: AP Photo/Johns Hopkins Medicine)
O estudo foi realizado por cientistas do Centro da Criança Johns Hopkins, da Universidade do Mississippi e da Universidade de Massachusetts, e apresentado em um congresso médico em Atlanta.
A descoberta, segundo eles, pode ajudar a abrir caminho para eliminar a infecção pelo vírus em outras crianças.
Tratamento precoce
O bebê acompanhado pela pesquisa nasceu de uma mãe infectada pelo HIV. Ele começou a receber um tratamento com antirretrovirais, os remédios usados contra esse problema, 30 horas após o nascimento.
O procedimento usado pelos médicos foi diferente do que é aplicado atualmente nesse tipo de caso. Normalmente, recém-nascidos de alto risco -- filhos de mães com infecções pouco controladas ou que descobrem o HIV na hora do parto – recebem os antirretrovirais apenas em doses profiláticas até as seis semanas de vida. As doses terapêuticas só começam se e quando a infecção é diagnosticada.
No caso da criança do estudo, que foi tratada a partir das primeiras 30 horas de vida, exames mostraram a diminuição progressiva da presença viral no sangue, até que atingiu níveis indetectáveis 29 dias após o nascimento.
O tratamento continuou até os 18 meses de idade. Dez meses depois de parar de tomar os remédios, a criança passou por repetidos exames. Nenhum deles detectou a presença de HIV no sangue.
Exames que detectam anticorpos específicos do HIV, que são a indicação clínica da infecção pelo vírus, também tiveram resultado negativo.
Mecanismo
Para a virologista Deborah Persaud, coordenadora da pesquisa, a rápida administração do tratamento provavelmente levou a criança à cura porque deteve a formação de reservatórios difíceis de serem tratados – células inativas responsáveis por reiniciar a infecção na maioria dos pacientes com HIV, semanas depois de parar o tratamento.
Segundo os pesquisadores, este caso particular pode mudar o tratamento padrão de recém-nascidos de alto risco. No entanto, eles recomendam cautela e dizem que não têm dados suficientes para recomendar mudanças imediatas, antes que outros estudos sejam feitos.
Eles afirmam que um único caso de cura por esterilização foi reportado até hoje, com um homem HIV positivo tratado com um transplante de medula óssea para leucemia. A medula veio de um doador com uma rara característica genética que deixa algumas pessoas resistentes ao HIV, e o benefício foi transferido para o receptor. Esse complexo tratamento, no entanto, não é factível de ser aplicado nos 33 milhões de pessoas ao redor do mundo infectadas pelo HIV.
Os pesquisadores também afirmam que, apesar da esperança que esse novo estudo pode trazer a recém-nascidos infectados, a prevenção da transmissão do vírus de mãe para filho deve continuar a abordagem principal.

Desembargador e mulher morrem durante incêndio em apartamento



Ricardo Damião Aerosa e sua mulher saltaram do 4º andar.
Ele morreu ao bater numa mureta; a mulher morreu num hospital.

Do G1, em São Paulo

O desembargador federal do trabalho Ricardo Damião Aerosa e sua mulher, Cristiane Teixeira Pinto, morreram na noite de domingo (3), durante incêndio no apartamento do casal, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, informou o Corpo de Bombeiros.
O casal morreu após saltar pela janela da área de serviços para fugir das chamas. O desembargador se chocou contra uma mureta de concreto e morreu na hora. A mulher caiu sobre um toldo e sofreu traumatismo craniano. Levada em estado grave ao Hospital Miguel Couto, na Gávea, morreu durante atendimento médico.
O incêndio de causas ainda desconhecidas destruiu o apartamento 401, que fica no último andar do edifício Tanger, na Rua General Venâncio Flores.Os bombeiros controlaram as chamas no início na madrugada desta segunda-feira (4).
Até o início da manhã desta segunda, a polícia ainda estava no local para preservar o apartamento para investigação. Peritos já estiveram no prédio para uma primeira análise
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Cardeais começam encontros que preparam conclave para eleger Papa


 

Congregações gerais discutem destinos da Igreja e perfil do novo pontífice.
Data do início da escolha do sucessor de Bento XVI não deve sair agora.

Juliana CardilliDo G1, no Vaticano (*)
Os cardeais da Igreja Católica começaram na manhã desta segunda-feira (4) a primeira das congregações gerais que precedem o início do conclave para eleger o novo Papa.
O encontro, marcado para as 9h30 locais (5h30 de Brasília), começou com alguns minutos de atraso.
Vários cardeais entraram a pé. Muitos conversaram com a imprensa.
Outros entraram de carro, e um grupo chegou em uma van.
Cardeais são saudados pela Guarda Suíça ao chegar para o encontro da manhã desta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: AP)Cardeais são saudados pela Guarda Suíça ao chegar para o encontro da manhã desta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: AP)
Expectativa
"É uma jornada espiritual de que temos que participar. Vamos trocar informações", disse o cardeal indiano Baselios Cleemis Thottunkal, de 53 anos, o mais novo do conclave. "É a primeira vez que participo; não sei o que vai acontecer. Vamos decidir juntos e analisar juntos as questões que a Igreja tem de enfrentar, como a Igreja vai enfrentar."
Questionado sobre se acha se o próximo Papa tem de ser italiano, ele afirmou que "a Igreja não é um continente, de uma língua. Ela é universal".
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, disse que não dá para antecipar as questões que serão discutidas no conclave.
"Tem tanta coisa que é preciso que ele [o novo Papa] seja capaz de fazer, além de ser poliglota, de ser um homem de fé e de rezar, de ser capaz de compreender civilizações diferentes, de diálogo, de escuta...", disse, ao ser questionado sobre o perfil do novo pontífice.
O cardeal André afirmou que "não é indispensável" que o próximo Papa seja jovem.
O francês também disse que o próximo Papa terá de tratar da questão do VatiLeaks, escândalo de vazamento de documentos sigilosos do Vaticano.
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, é cercado por repórteres ao chegar ao encontro de cardeais nesta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: Juliana Cardilli/G1)O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, é cercado por repórteres ao chegar ao encontro de cardeais nesta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O acesso dos cardeais, durante o conclave, a um dossiê feito a pedido do agora Papa Emérito Bento XVI, em resposta ao VatiLeaks, e que conteria relatos sobre irregularidades no Vaticano, vem sendo um dos temas tratados antes do início do processo de escolha papal.
André Vingt-Trois disse que "não necessariamente" quer ter acesso ao documento.
O arcebispo emérito de Sevilha, Carlos Amigo Vallejo, disse que o novo Papa deve "estar abraçado a Deus".
"Pode ser um latino-americano, todos os homens batizados podem ser Papa. Eu não estranharia se fosse um Papa negro, branco, latino, do Congo, em absoluto. A Igreja é universal, no sentido de que todos participam, é algo a que todos pertencem.”

O cardeal espanhol, ao ser questionado pelo VatiLeaks, disse que está pensando "nas comunidades em geral", e não nos "pequenos assuntos".
Data de início
Nestas reuniões, os cardeais irão definir os detalhes do conclave – e, mais importante, a data de seu início. Uma segunda congregação está marcada para as 17h (13h de Brasília), segundo a Santa Sé.
As congregações ocorrem quatro dias após a histórica renúncia de Bento XVI, que deu início ao período conhecido como Sé Vacante, em que a liderança da Igreja Católica fica desocupada.
Na quinta-feira (28), o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, informou que o cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, já convocou formalmente os cardeais eleitores e não-eleitores (com mais de 80 anos) para o conclave de 207 cardeais, 115 deles eleitores, nesta sexta.
No sábado, Lombardi informou que 75 cardeais moram em Roma, e 66 outros já havia chegado ou estavam chegando à cidade, na qual fica cravado o Estado do Vaticano, para participar das congregações. Esse número deve ser atualizado nesta segunda, segundo o padre Lombardi.

As congregações serão realizadas na Sala dos Sínodos, uma grande sala de audiências localizada na Aula Paulo VI, no Vaticano.
Fieis se reúnem neste domingo (3) na Praça de São Pedro, no Vaticano; foi um domingo atípico, sem a tradicional hora do Angelus (Foto: AFP)Fieis se reúnem neste domingo (3) na Praça de São Pedro, no Vaticano; foi um domingo atípico, sem a tradicional hora do Angelus (Foto: AFP)
Nas congregações, os cardeais discutem os problemas da Igreja, debatem o perfil do novo pontífice e acertam os detalhes que envolvem o conclave.
Eles também irão definir a data de início da eleição.
Segundo o padre Lombardi, apenas quando todos os cardeais eleitores estiverem em Roma (menos aqueles que notificarem formalmente que não irão participar da eleição, dois até agora), será possível acertar a data em que o conclave será iniciado. Segundo Lombardi, as reuniões de segunda não devem definir a data;
O blog Vatican Insider, do jornal italiano "La Stampa", afirma que a data provável do início do conclave é 11 de março, uma segunda-feira.

Nada foi definido oficialmente por enquanto.

A Igreja espera ter um novo Papa antes das importantes celebrações da Páscoa, que começam no Domingo de Ramos, em 24 de março.
Temas
Alguns temas que devem ser abordados nas reuniões são a reforma da Cúria Romana (o governo da Igreja) e a investigação interna sobre o caso "VatiLeaks" (vazamento de documentos confidenciais do Vaticano), assim como os escândalos e polêmicas dos últimos anos: as acusações de acobertamento da pedofilia, a corrupção, a secularização em muitas regiões, a influência de outras religiões e os problemas morais relacionados com a família.

Não há um favorito claro entre os 115 cardeais-eleitores -- os cardeais com até 80 anos de idade. Por isso, discretamente os participantes vão usar os encontros preliminares para avaliar potenciais candidatos.
Bento XVI encerrou na quinta-feira seu complicado pontificado de oito anos prometendo obediência incondicional ao sucessor. Ele é o primeiro papa em quase seis séculos a deixar o cargo com vida, o que cria uma série de situações praticamente inéditas para a vida da Igreja.
Os conclaves estão entre as eleições mais misteriosas do mundo, sem candidatos declarados, sem campanha eleitoral explícita, e com eleitores que muitas vezes conhecem poucos dos seus colegas. Todos eles juram manter segredo sobre os detalhes da votação.
Tradicionalmente, os conclaves começam 15 dias depois da declaração de "Sé Vacante", o que inclui o tempo para o velório e sepultamento de um Papa que morre. Mas Bento XVI baixou um decreto, dias antes de renunciar, autorizando a antecipação do processo eleitoral.
Relatório secreto
Os cardeais não terão acesso a um relatório secreto que foi preparado para Bento XVI por três cardeais não-eleitores, no qual eles detalham casos de má-gestão e disputas internas na Curia Romana, a burocracia vaticana. Mas os três autores do documento estarão nas congregações gerais e irão orientar os eleitores a respeito das suas conclusões.
(*) Com agências internacionais