segunda-feira, 11 de março de 2013

Dilma promete tirar os pobres da miseria mas joga la em Brasilia


Em Brasília, miséria rodeia prédios do governo

Giro por vias que cercam o Palácio da Alvorada revela bolsões de miséria em Brasília. Há cerca de 400 famílias que vivem acampadas na zona central de Brasília


BBC
BBC Brasil/João Fellet
A alguns metros do Congresso Nacional, ocupação contradiz frase de que País venceu pobreza extrema
Levada ao pé da letra, a afirmação da presidente Dilma Rousseff de que o Brasil "venceu a pobreza extrema visível" não resiste a um rápido giro pelas vias que cercam o Palácio do Alvorada, residência da governante, e a Esplanada dos Ministérios.
À beira das avenidas, em acampamentos visíveis a qualquer motorista ou passageiro, centenas de pessoas vivem em barracos sem acesso a redes de água, esgoto, eletricidade e, em muitos casos, tampouco a programas de transferência de renda.
O discurso de Dilma, em 25 de fevereiro, ocorreu dias após o anúncio da ampliação do programa Brasil sem Miséria. Em seu programa de rádio, ela afirmou que a medida zeraria o cadastro de brasileiros considerados extremamente pobres pelo governo, com renda familiar per capita inferior a R$ 70.
"Vencemos a pobreza extrema visível e agora vamos atrás da pobreza extrema invisível, aquela que teima em fugir aos nossos olhos e aos nossos programas sociais", disse a presidente. Dilma estimou que 700 mil famílias ("nas periferias das grandes cidades, em comunidades ribeirinhas e extrativistas na Amazônia, no semiárido do Nordeste e em outras áreas rurais") ainda estejam à margem das políticas públicas.
No entanto, o caso das famílias acampadas não na periferia, mas coração da capital federal, ilustra a complexidade da missão do governo, além de expor lados da pobreza que não foram erradicados com a expansão dos planos de transferência de renda.
De acordo com a Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal, há entre 400 e 500 pessoas que vivem acampadas no Planto Piloto, zona central de Brasília, onde trabalham informalmente na coleta e separação do lixo para reciclagem. Em todo o Distrito Federal, o grupo soma até 3.500 pessoas, das quais grande parte não recebe qualquer benefício do governo, segundo a central.
A BBC Brasil visitou um acampamento vizinho ao Clube de Golfe de Brasília, no Setor de Clubes Esportivos Sul. Ali, a poucos quilômetros do Palácio do Alvorada, famílias se instalaram em meio à densa vegetação do cerrado, em área com vista para as torres do Congresso.
Numa clareira que dá acesso a seis barracos de lona e madeira, habitados por 17 pessoas, crianças brincam e adultos conversam em círculo. "Nunca recebi nada do governo", diz Marcilene Modesto dos Santos, de 30 anos.
BBC Brasil/João Fellet
Moradora separa lixo em ocupação
Mãe de três filhos em idade escolar – uma quarta filha morreu de dengue, aos 9 anos –, ela passa a maior parte do dia a poucos metros dos barracos, separando o lixo que chega em carroças puxadas por cavalos, meio de transporte comum entre os trabalhadores do setor.
Como ela e o companheiro, juntos, têm renda inferior a R$ 400, integram o público-alvo do Bolsa Família. Mas Santos diz que jamais conseguiu se cadastrar no programa.
Outros moradores também citaram dificuldades para agendar entrevistas nos centros do Distrito Federal responsáveis por registrar famílias para os programas federais.
Mãe de três filhos em idade escolar, Girlene Pereira da Silva, 32 anos, diz que recebeu pagamentos do Programa Fome Zero, lançado em 2003 e posteriormente absorvido pelo Bolsa Família. No entanto, após trabalhar com carteira assinada por um curto período, diz que perdeu o benefício e jamais conseguiu atualizar seu registro.
O cadastramento para os programas federais é atribuição dos governos locais. Em Brasília, entrevistas devem ser agendadas pelo telefone 156. Desde o início da semana, a BBC Brasil tenta marcar um horário nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade, mas o sistema está fora do ar.
Procurada, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda não explicou as falhas no serviço telefônico, mas disse em nota que suas equipes estão sendo ampliadas para aprimorar o atendimento às famílias pobres.
Afirmou ainda que, a partir deste mês, fará uma "intervenção sistemática" em áreas ocupadas por trabalhadores do setor de reciclagem para identificar famílias que possam ser incluídas no Cadastro Único.
Expectativas Sem filhos, Emílio Luis da Silva, de 62 anos, não se enquadrava no Bolsa Família até a última alteração no plano, que estendeu o benefício a todas as famílias com renda per capita inferior a R$ 70.
Nascido em Petrolina (PE), ele migrou para Brasília há oito anos em busca de trabalho. Ao não encontrar ocupação formal, comprou uma bicicleta e passou a percorrer o Plano Piloto atrás de fios de cobre ou máquinas avariadas nas lixeiras.
Sua renda varia conforme a sorte: se encontra algum equipamento valioso e consegue consertá-lo, pode ganhar algumas centenas de reais, o equivalente a um ou dois meses normais de trabalho.
Nos tempos de azar, conta com a comida e o dinheiro doados por moradores de Brasília para se manter com a esposa, Maria Lúcia Maciel, de 47 anos. Os dois se instalaram perto do Clube de Golfe há três anos. Desde então, Silva afirma ter tentado comprar uma residência em Brasília pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Os planos ruíram, segundo ele, quando descobriu que precisava ganhar ao menos três salários mínimos mensais para pleitear um financiamento. Silva então cogitou alugar uma casa em alguma cidade-satélite, mas, como trabalha de bicicleta e o lixo que recolhe se concentra no Plano Piloto, abandonou a ideia. "Não daria conta de morar lá e vir para cá todos os dias no pedal."
Para que passe a receber o Bolsa Família, ele aguarda que o Congresso aprove a Medida Provisória que instituiu as mudanças no plano, o que deve ocorrer nos próximos meses.
Auxílio-doença Já outras duas famílias da ocupação recebem repasses pelo programa. "É um dinheirinho que faz a diferença", diz Solange da Silva, 35 anos, mãe de dois filhos.
Desde que, há dois anos, passou a receber R$ 100 mensais pelo plano, ela busca algum auxílio governamental para seu irmão, que tem crises frequentes de epilepsia e foi impedido de trabalhar pelo médico. "Na última vez que saiu, teve uma crise e caiu de um caminhão. Hoje cada um ajuda no que pode para ele ficar em casa."
Mesmo entre alguns beneficiários do Bolsa Família, há queixas sobre o programa. Em visita a amigos que vivem na ocupação, Francisco Neto, 61 anos, diz receber mensalmente R$ 166 do plano para criar seus três filhos, que têm entre 10 e 15 anos. Viúvo – a esposa foi assassinada após uma briga – e morador de Planaltina, cidade goiana no entorno do Distrito Federal, ele afirma que o repasse "não dá nem para o café da manhã".
Neto faz bicos, consertando bicicletas de vizinhos. No ano passado, porém, teve diagnosticado um engrossamento da próstata (hiperplasia prostática benigna), doença que provoca fortes dores nas pernas e bloqueia a urina.
Na véspera do fim de ano, diz ele, o hospital onde se trata suspendeu a entrega de seu remédio, cujas cartelas custam R$ 200 ao mês. Interrompido o tratamento por dois meses, as dores se agravaram e ele não foi capaz de trabalhar. Mas só por alguns dias.
"A pobreza funciona assim: se você se abate por causa de uma dor, não sai mais de casa e vai piorando. Mesmo nas minhas condições, eu tenho que fazer minha correria."

Engenheiro diz que versão de Mizael para ligações em Guarulhos é 'impossível'


Ligações recebidas pelo réu não poderiam ser captadas pelas antenas de onde ele afirmou ter permanecido no dia do crime, afirmou a testemunha Eduardo Amato Tolezani

Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo |
As análises de ligações telefônicas contradizem o depoimento do advogado Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada, Mércia Nakashima, no dia 23 de março de 2010. Segundo o engenheiro Eduardo Amato Tolezani, era “impossível” que o réu recebesse as chamadas dos arredores do Hospital Geral de Guarulhos, onde ele afirmou ter estado no dia em que Mércia desapareceu.
Segundo depoimento de Mizael à polícia, ele passou boa parte daquele dia com uma garota de programa em seu carro, estacionado próximo ao hospital. Para Tolezani, no entanto, a antenas que captaram algumas chamadas ficavam distantes demais do local em que o carro estava.
O perito analisou várias chamadas do celular de Mizael naquele dia - todas captadas por antenas próximas ao hospital. A partir das 18h56, quando Mércia já estaria com ele, as ligações “foram feitas de um lugar diferente de onde o GPS apontava o carro [do réu]”.
Uma das ERBs (Estação Rádio Base) estava a uma distância de dez quilômetros do carro. “A maior parte do sinal da antena apontava para o outro lado”, afirmou o engenheiro, especializado em telecomunicações. “Nos meus cálculos, eu favorecia a conexão em caso de dúvida.”
De acordo com relatório da operadora responsável pelo sinal, “não é possível efetuar chamada desse local”. Já a conclusão do perito diz que foi a de que “podemos dizer com muito mais de 99,9% de certeza que a ligação é impossível”.
Julgamento do caso Mércia Nakashima começa nesta segunda no Fórum Criminal de Guarulhos (SP). Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

Gurgel diz que demora em prisões do mensalão coloca julgamento em dúvida



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cobrou que condenados devem ser presos e que os réus deputados sejam cassados

Agência Brasil |
Agência Brasil
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, voltou a cobrar hoje (11) a prisão dos condenados no processo do mensalão. Segundo ele, a demora na execução das sentenças abala a credibilidade do julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.
"É preciso que aquelas pessoas condenadas a penas privativas de liberdade tenham mandados de prisão expedidos e sejam recolhidas à prisão, a exemplo do que acontece com as pessoas pobres que são recolhidas à prisão”, disse Gurgel, durante entrevista coletiva nesta tarde. Ele também cobrou outros efeitos das condenações, como a perda de mandato parlamentar.
O STF condenou 25 dos 37 réus, sendo que 11 deles devem cumprir regime inicialmente fechado. Neste momento, a tribunal se dedica à preparação do acórdão, que reúne as principais decisões tomadas. Só após a publicação do acórdão as partes podem recorrer. As sentenças são executadas quando não houver mais possibilidade de recurso.
Gurgel acredita que o acórdão deve ser publicado até abril, o que permitiria que as sentenças fossem cumpridas ainda este ano. "Achávamos que os encastelados no poder não poderiam ser alcançados. [O julgamento] deixou essa grande esperança, mas é preciso que essa esperança se concretize. E vai se concretizar apenas com a execução das penas pelo Supremo Tribunal Federal".

Menino de 8 anos se casa com mulher sexagenária na África do Sul


O casal comemora a união com um 'selinho' na boca


Um casamento no mínimo curioso foi celebrado na África do Sul neste fim de semana. O pequeno Sanele Masilela, de 8 anos, uniu-se à dona de casa Helen Shabangu, de 61, numa cerimônia que reuniu 100 pessoas. As informações são do The Sun.
A alegação para o casamento, de acordo com a família do menino, é que foi um pedido do avô da criança. “Ele lhe pediu para se casar antes de morrer. Ele escolheu Helen porque ele a ama. Ao fazer isso, fizemos os ancestrais felizes. Se não tivéssemos realizado o casamento, algo de ruim teria acontecido na família”, contou a mãe de Sanele, Patience Masilela, de 46 anos.
O casório teve direito até à troca de alianças
O casório teve direito até à troca de alianças Foto: Reprodução / The Sun
Para as famílias, o evento foi mais um ritual, já que não houve certidão de casamento, e os dois não viverão juntos. Mas o casal chegou a trocar alianças e dar um beijo. E gastaram muito dinheiro com a cerimônia, porque acreditaram que era o que os antepassados queriam.
Helen e Selene não vão morar juntos
Helen e Selene não vão morar juntos Foto: Reprodução / The Sun
O curioso é que Helen, a noiva, já é casada e tem cinco filhos. Todos compareceram à cerimônia. “Eu estou feliz que eu me casei com Helen. Quando estiver mais velho, vou me casar com uma mulher da minha idade”, afirmou o noivo.
Sanele e Helen: casamento solicitado pelos antepassados
Sanele e Helen: casamento solicitado pelos antepassados Foto: Reprodução / The Sun

Lin



'Temos um exército de fantasmas', diz prefeito de Ferraz


Acir Filló estima que sejam cerca de 300 funcionários fantasmas.
De acordo com ele, medidas vão ser adotadas para descobrir quem são.

Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Prefeito de Ferraz de Vasconcelos concede entrevista coletiva  (Foto: Divulgação/ Pedro CArlos Leite)Prefeito Acir Filló estima que município tenha 300
funcionários fantasmas (Foto: Pedro Carlos Leite/G1)
O prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló, disse nesta segunda-feira (11) que estima que existam cerca de 300 funcionários fantasmas no funcionalismo público municipal. “Temos um exército de fantasmas”, afirmou o chefe do Executivo.
No domingo (10), uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi flagrada pela Guarda Municipal marcando ponto para colegas. Ela chegou a ser detida por falsificação de documento público, mas foi liberada no fim da tarde por causa de um habeas corpus.
De acordo com o secretário de Segurança, Carlos César Alves, a suspeita é de que os empregados fantasmas sejam das secretarias de Saúde, Educação e Segurança. “Nós vamos fazer diligências surpresas para saber se os funcionários que marcaram ponto estão trabalhando,” afirmou Alves.
O prefeito ainda disse que lamentava a postura dos profissionais. “Esse caso é uma grande decepção. Nossos equipamentos são modernos, mas mesmo assim conseguiram fazer a fraude. Vamos colocar câmeras para vigiar os relógios de ponto para não deixar que isso se repita."
A prefeitura anunciou no começo da tarde de segunda o afastamento dos cinco funcionários, mas disse que 11 médicos devem estar envolvidos, além de enfermeiros e motoristas. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou nesta segunda-feira (11) que deve abrir uma sindicância para apurar as denúncias.
A polícia abriu dois inquéritos para apurar as fraudes, um trata especificamente do caso da médica Thauane Nunes Ferreira, de 29 anos, que foi flagrada marcando ponto para colegas. O outro, segundo o delegado Wagner Lombisani, vai investigar todo o esquema.
A Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos informou que o Samu do município tem 63 funcionários, além de seis viaturas e outras duas de apoio. O serviço está em funcionamento na cidade desde 2007. O último levantamento mostra que nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012 o Samu fez 3.005 atendimentos.
Dedos de silicone seriam usados por médicos e enfermeiro para fraudar ponto eletrônico. (Foto: Gladys Peixoto/G1)Dedos de silicone seriam usados por funcionários
para fraudar ponto eletrônico.
(Foto: Gladys Peixoto/G1)
Flagrante
No domingo, por volta das 7h, a médica Thauane foi flagrada por funcionários da Guarda Municipal marcando o ponto eletrônico para colegas. Com ela foram apreendidos seis dedos de silicone e comprovantes impressos pelo equipamento que controla o horário dos funcionários. A médica foi solta por volta das 18h40 do mesmo dia depois que a Justiça concedeu um habeas corpus.
De acordo com o advogado Celestino Gomes Antunes, a cliente fazia a marcação de ponto de colegas "em função do emprego, era uma condição de contratação." Thauane vai responder por falsificação de documento público, segundo a polícia. De acordo com o boletim de ocorrência, ela "confessou que fazia os registros em nome de médicos a mando do diretor Jorge Cury", segundo o boletim de ocorrência.
O coordenador do Samu, Jorge Cury, disse que não tinha conhecimento das irregularidades e que foi surpreendido pela notícia. “Isso é um absurdo! Sou funcionário da prefeitura há 25 anos. Eu nunca soube disso. Passo no Samu todo domingo e nunca faltava funcionário. Hoje que não fui aconteceu isso.

Nome do novo Papa não deve sair na 1ª votação, diz porta-voz do Vaticano



Cardeais fizeram 10ª e última reunião preparatória para o conclave. 
Escolha do sucessor de Bento XVI começa nesta terça (12) no Vaticano.

Juliana CardilliDo G1, no Vaticano

A décima e última congregação geral de cardeais, que prepara o conclave para escolher o novo Papa, ocorreu na manhã desta segunda-feira (11) no Vaticano, com a participação de 152 cardeais, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
O conclave para escolher o sucessor de Bento XVI, que renunciou em 28 de fevereiro, deve começar nesta terça-feira (12), mas o padre Lombardi disse que "dificilmente" o nome do novo Papa deve sair na primeira votação.
No total, 28 cardeais falaram na congregação geral desta segunda, completando um total de 161 intervenções em todas as congregações.
Entre os assuntos tratados, esteve a situação financeira do Vaticano e do Banco do Vaticano. O cardeal camerlengo Tarcisio Bertone, administrador interino da Santa Sé durante a vacância, fez uma pequena apresentação sobre o tema, segundo Lombardi.
Também se falou sobre a expectativa pelo novo Papa e sobre o perfil esperado para ele.
Na tarde desta segunda, às 17h30 (13h30 no horário de Brasília), foi realizado na Capela Paulina, dentro do Vaticano, o juramento das pessoas que irão trabalhar de alguma forma na área onde será realizada o conclave.
Funcionários colocam cortinas nesta segunda-feira (11) na varanda central da Basília de São Pedro, no Vaticano, onde ocorre a primeira aparição pública do novo Papa. O conclave para escolher o sucessor de Bento XVI começa nesta terça (12) (Foto: Juliana Cardilli/G1)Funcionários colocam cortinas nesta segunda-feira (11) na varanda central da Basília de São Pedro, no Vaticano, onde ocorre a primeira aparição pública do novo Papa. O conclave para escolher o sucessor de Bento XVI começa nesta terça (12) (Foto: Juliana Cardilli/G1)
São 90 funcionários do Vaticano que trabalharão na segurança, alimentação e auxílio aos cardeais, tanto material quanto espiritual. Os cardeais terão padres à disposição para confissão, assim como médicos.
O juramento foi feito perante o cardeal camerlengo Bertone.
Na manhã de terça-feira (12), serão realizados os primeiros ritos do conclave. A partir das 7h (3h no horário de Brasília), os cardeais começam a se transferir para a Casa Santa Marta, onde ficarão hospedados. Cada um terá seu quarto – os aposentos foram definidos por um sorteio.
Às 10h (6h no horário de Brasília), será realizada na Basílica de São Pedro a missa inaugural do conclave.
Ela será aberta a todos que conseguirem lugar e presidida pelo cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, com todos os demais cardeais, não apenas os votantes, participando como cocelebrantes.
No conclave passado, a missa durou uma hora e quarenta minutos. O padre Lombardi acredita que, desta vez, ela não deve passar de duas horas.
Votações
No primeiro dia de conclave, está prevista apenas uma votação. Segundo o Vaticano, os cardeais devem seguir às 15h45 (11h45 no horário de Brasília) para o palácio apostólico.
Depois, às 16h30 (12h30 no horário de Brasília), seguirão em procissão da Capela Paulina para a Capela Sistina.
Os cardeais entram na capela, ocupam seus lugares e fazem o juramento previsto na Constituição Apostólica.
Há uma introdução em latim, feita pelo cardeal Giovanni Batista Re, como celebrante principal.
Depois, cada um dos cardeais vai ao centro da capela, com a mão sobre o Evangelho, para dizer sua adesão ao juramento, tambem em latim.
Então, a capela é fechada, após a saída das pessoas que não participarão do conclave.
Em seguida, começam as votações.
Turistas tiram fotos na Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta segunda-feira (11) (Foto: AFP)Turistas tiram fotos na Praça de São Pedro, no Vaticano, nesta segunda-feira (11) (Foto: AFP)
O cronograma prevê que os cardeais concluam os trabalhos às 19h15 (15h15 no horário de Brasília), retornando para a Casa Santa Marta às 19h30 (15h30 no horário de Brasília). Às 20h (16h no horário de Brasília), será servido o jantar.

No dia seguinte, o café da manha será servido entre 6h30 e 7h30 (2h30 e 3h30 no horário de Brasília). Às 7h45 (3h no horário de Brasília), os cardeais irão para o palácio apostólico, onde das 8h15 as 9h15 (4h15 e 5h15 no horário de Brasília) será celebrada a Santa Missa na Capela Paulina.

Às 9h30 (5h30 no horário de Brasília), os cardeais seguem para a Capela Sistina e começa o primeiro escrutínio. Às 12h30 (8h30 no horário de Brasília) está prevista a volta para a Casa Santa Marta, com o almoço às 13h (9h no horário de Brasília).

Durante a tarde, às 16h (12h no horário de Brasília), eles voltam novamente para a Capela Sistina para as votações da tarde. Os trabalhos devem seguir até 19h15 (15h15 no horário de Brasília), como no primeiro dia.

Segundo o Vaticano, serão feitas duas votações pela manhã e duas à tarde, até um dos candidatos conseguir mais de dois terços dos votos. As cédulas serão queimadas apenas uma vez por período, e espera-se que a fumaça seja expelida pela chaminé da Capela Sistina às 12h e às 19h (8h e 15h no horário de Brasília).
Caso as votações se prolonguem, e não se resolvam nos primeiros quatro dias, estão previstos intervalos para reflexão e oração dos cardeais. Segundo o Vaticano, podem ocorrer até 34 votações, compreendendo 11 dias. Se ninguém conseguir dois terços dos votos, os cardeais passam a poder votar apenas nos dois mais votados anteriormente – e esses dois deixam de poder votar.
Quando um cardeal conseguir os votos necessários, o cardeal Re (que é responsável pela eleição, já que o decano dos cardeais tem mais de 80 anos e não participa do conclave) pergunta ao eleito se ele aceita o cargo e por que nome quer ser chamado.
Isso feito, as cédulas usadas na votação são queimadas e é produzida a fumaça branca que anuncia para o mundo o novo Papa.
O pontífice recém-eleito coloca, então, as vestes papais. Há uma pequena cerimônia, com uma oração e uma leitura do Evangelho.
Depois, os cardeais presentes manifestam sua obediência ao novo Papa.
Em seguida, sempre dentro da Capela Sistina, há um canto.
O Papa eleito deixa então a Capela Sistina, passa pela Capela Paulina e faz uma breve oração pessoal em frente ao Santíssimo Sacramento.
Depois, aparece para o povo no balcão central da Basílica de São Pedro, onde faz a primeira bênção "urbi et orbi" (para a cidade de Roma e para o mundo inteiro).
Da "fumaça branca" até o anúncio do nome do novo Papa, devem transcorrer 45 minutos, segundo o porta-voz Lombardi. Depois, mais 10 minutos devem se passar até a aparição do novo pontífice.
A missa de inauguração do pontificado pode ocorrer durante um dia de semana, segundo o padre Lombardi, e não necessariamente no domingo.
Em 2005, o Papa foi eleito em uma terça, e a missa ocorreu no domingo seguinte.
O padre Lombardi advertiu que não é obrigatório haver votação na primeira tarde de conclave, já que estão previstas as orações e os juramentos. Se os cardeais decidirem votar apenas na quarta-feira, não haverá "fumaça" no primeiro dia, e o Vaticano vai informar sobre o ocorrido.
Brasileiros
Cinco brasileiros irão participar do conclave: o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos, Dom João Braz de Aviz, de 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, de 63, Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador, e o arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),Dom Raymundo Damasceno.
Neste domingo, alguns cardeais celebraram missas nas igrejas das quais são titulares em Roma. Dom Odilo celebrou uma missa às 10h30 na Igreja de Santo André no Quirinal, acompanhada por dezenas de jornalistas.
Realizada no quarto domingo do período da Quaresma, que precede a Páscoa, o assunto geral dos textos lidos e também do sermão feito por Dom Odilo foi a misericórdia e a reconciliação com Deus. O cardeal brasileiro estava sereno e tranquilo, e sorriu em muitos momentos da missa – mesmo a celebração tendo sido filmada e fotografada.
"Tem muita gente que vive como se Deus não existisse ou não tivesse importância", afirmou durante o sermão que durou 22 minutos. "Convido a orar para a Igreja fazer bem sua missão nesse tempo. Seguramente um tempo difícil, mas também alegre".
Capela Sistina
No sábado, bombeiros instalaram uma chaminé na Capela Sistina, onde será realizado o conclave. Pela chaminé sairá a fumaça preta ou branca, para o anúncio da definição ou não do novo papa. No fim de semana, funcionários do Vaticano trabalharam para deixar o local pronto, fazendo o nivelamento do piso, instalando mesas e cadeiras, entre outros.
A capela está fechada para a visitação turística desde a última terça-feira (5). Decorada com afrescos dos maiores artistas do Renascimento, como Michelangelo e Rafael, ela fica dentro da ala de museus do Palácio Apostólico, na Cidade do Vaticano.
Durante o período das votações, os cardeais não poderão receber informações externas durante a reunião, nem poderão ler jornais, ouvir rádio, assistir à TV ou acessar a internet, como prevê a Constituição Apostólica.

Para garantir o sigilo do conclave, serão instalados bloqueios de comunicação para impedir o uso de equipamentos e dispositivos eletrônicos, como celulares. A medida já foi tomada com relação à Sala dos Sinodos, onde têm ocorrido as congregações, garantindo o segredo das reuniões.
Renúncia de Bento XVI
Bento XVI, desde 28 de fevereiro Papa Emérito, anunciou em 11 de fevereiro que havia decidido renunciar. Foi o primeiro pontífice a renunciar em mais de seis séculos, o que criou situações praticamente inéditas para a Igreja Católica Apostólica Romana.

Desde a renúncia, Bento XVI está em Castel Gandolfo, a residência de verão dos Papas, que fica a cerca de 25 km do Vaticano. Ele permanecerá lá por 2 meses e depois ficará recluso num antigo convento sobre as colinas do Vaticano, com vista para a cúpula da Basílica de São Pedr
o

Em protesto, velório de vítima de ex-marido é feito no meio da rua



Jorge Estevão
Do UOL, em Cuiabá
  • Servidora pública Valquíria Alves Ferreira Bocardin, 49, tem o corpo velado no meio da rua em Nova Olímpia (MT)
    Servidora pública Valquíria Alves Ferreira Bocardin, 49, tem o corpo velado no meio da rua em Nova Olímpia (MT)
Revoltados com o assassinato da servidora pública Valquíria Alves Ferreira Bocardin, 49 anos, amigos e parentes resolveram realizar o velório no meio da rua, neste domingo (10), no município de Nova Olímpia (206 km de Cuiabá). O principal suspeito do crime é o ex-marido, José Teixeira de Castro, que é procurado pela Polícia Civil. Bocardin já havia registrado 25 boletins de ocorrências contra Castro por causa de ameaças de espancamento.

A servidora foi morta com dois tiros na cabeça e outro no tórax quando saía de uma igreja na noite de sábado (9). O velório foi realizado no meio da rua, na região central da cidade. Amigos e parentes colocaram o caixão com a vítima, interditaram a via e escreveram faixas e cartazes frases com pedidos de justiça e menos violência contra mulheres.
Testemunhas afirmaram à polícia que o criminoso chegou numa motocicleta e esperou a ex-esposa sair da igreja. Ele disparou a primeira vez e Bocardin caiu. Castro aproveitou e atirou mais duas vezes quando a vítima já estava caída.

O suposto autor do crime fugiu na motocicleta. Até o momento a Polícia Civil não forneceu informações a respeito da família da vítima, nem a respeito do paradeiro do acusado.

Rastreamento de ligações de Mizael contraria suas declarações



Thiago Varella
Do UOL, em Guarulhos (SP)

O engenheiro elétrico e mestre em telecomunicações Eduardo Amato Tolezani foi a terceira testemunha ouvida nesta segunda-feira (11), primeiro dia de julgamento de Mizael Bispo de Souza, acusado de ter matado a advogada Mércia Nakashima em 2010. O especialista foi convocado pela acusação. Tolezani fez uma análise, a pedido da promotoria, de duas ligações de celular feitas por Mizael, no dia 23 de maio de 2010, dia da morte de Mércia. No momento das chamadas, o réu dizia estar em um carro, em frente ao Hospital Geral de Guarulhos.
Segundo a operadora do celular de Mizael, as ligações foram feitas utilizando as antenas (ou ERBs, sigla para estação rádio base) da rua Antonio Tava e da rua Santa Margarida, ambas em Guarulhos.
Em relação à rua Antonio Tava, seria impossível usar a antena do local estando na frente do Hospital Geral de Guarulhos, distante 10 km da antena, como aponta o GPS do rastreador do carro de Mizael. A probabilidade de uma ligação estaria entre 0,0003% e 0,00011%.
Já em relação à rua Santa Margarida, há, para a operadora, uma probabilidade tão remota de se estabelecer uma ligação, que a possibilidade é considerada nula. O local fica a 6,8 km de distância do Hospital Geral de Guarulhos.
Mizael também fez outras ligações do mesmo número no dia 23 de maio de 2010. Tolezani analisou as demais chamadas, sem tantos detalhes. Segundo o engenheiro, Mizael sempre liga usando a antena mais próxima ao local que o GPS de seu carro apontava até as 18h56.
Segundo Tolezani, que fez uma apresentação cheia de detalhes e termos técnicos com a ajuda de um datashow, por causa da falta de alguns dados por parte da operadora, ele utilizou uma hipótese que favoreceria ao máximo a possibilidade de conexão em seus cálculos.
Tolezani não permitiu que seu depoimento fosse transmitido ao vivo seja por imagem ou por som. Além disso, antes de suas explicações, contou que estudou no mesmo colégio que o promotor Rodrigo Merli Antunes, há cerca de 20 anos, mas que não tem uma "amizade íntima" com ele.
Pela terceira vez, foi pedido para que Mizael não permanecesse no plenário no momento em que a testemunha foi ouvida.
Outras oito testemunhas -- duas de acusação, cinco de defesa e uma do juiz -- ainda devem ser ouvidas durante o julgamento.

PC e MP de Buriticupu tem trabalho reconhecido pelo TJMA



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Promotor de Justiça e delegado relatam situação dos custodiados
Buriticupu – A Unidade de Monitoramento Carcerário do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) verificou a situação dos custodiados na delegacia de Buriticupu, distante 417 km de São Luís.
“As autoridades locais estão cumprindo o que determina a lei. Os detentos do município possuem uma rotina bem dinâmica. Participam de atividades esportivas, exercícios laborais, práticas voltadas para a geração de renda, capacitação profissional e celebrações religiosas”, afirma a chefe da Divisão de Assistência Jurídica da Unidade, Marilene Aranha.
Segundo ela, pelo que foi observado na comarca, a Promotoria e a Delegacia têm se esforçado para que os presos recebam tratamento digno e tenham seus direitos respeitados, o que, segundo ela, representa um importante avanço no processo de reconhecimento da dignidade humana.
“A iniciativa é grandiosa e digna de ser copiada. As ações promovidas têm evitado fugas, motins e rebeliões e, acima de tudo, valorizado os detentos”, destaca Marilene Aranha.
PRÊMIO – O projeto de ressocialização desenvolvido na delegacia da comarca concorreu a 9ª edição do Prêmio Innovare (2012), ficando entre os primeiros colocados. “O projeto concorrerá novamente ao prêmio este ano”, informa o delegado do município, Dr. Carlos Alessandro Assis.
Assis ressalta que a partir da implementação das ações, as mudanças de comportamento passaram a ser percebidas no dia a dia de cada interno. “Nossa relação com os presos é bem aberta. Tratamos todos com dignidade e respeito. Por conta disso, não temos sequer registro de rebelião, motim ou greve”, finalizou o delegado.
Além do delegado, Dr. Carlos Alessandro Assis, a chefe da Divisão de Assistência Jurídica da Unidade, Marilene Aranha, conversou com o promotor de Justiça da comarca, Dr. Gustavo Oliveira Bueno, e a analista judiciária, Andréia Soares Mendes, lotada no fórum da comarca local.
Da Assessoria de Comunicação do TJMA  POR ANTONIO MARCOS NOTICIAS