segunda-feira, 18 de março de 2013

Pinto da Itamaraty sai em defesa de jornalistas


POLÍTICA


Preocupado, Itamaraty cobrou que fosse federalizado questões que envolvam crimes contra a imprensa.


O deputado federal, Pinto Itamaraty (PSDB), saiu em defesa da imprensa e virtude dos crimes cometidos contra jornalistas em várias partes do país, como por exemplo, do dia 23 de abril do ano passado que foi executado o blogueiro Décio Sá.
Preocupado com a invasão na residência do jornalista Luís Cardoso, Itamaraty cobrou que fosse federalizado questões que envolvam crimes contra a imprensa. Confira abaixo:

NO GOVERNO DILMA ALIADOS TEM VOZ E VEZ




Política

Lideranças na Assembleia Legislativa destacam abertura de espaços para o PT

Lideranças do PT e do PMDB avaliaram como um ganho para os petistas

Em 15/03/2013 , às 12h37 -
Lideranças do PT e do PMDB na Assembleia Legislativa avaliaram ontem como um ganho para os petistas a conquista de mais espaço no Governo do Estado através da confirmação da nomeação do professor José Costa como novo secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, substituindo Rosane Guerra, que retorna ao comando da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema).

Para o deputado estadual Zé Carlos(PT), a indicação de um auxiliar no primeiro escalão do Executivo Estadual era pretensão antiga da direção estadual da legenda – desde a saída de Anselmo Raposo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) – e reforça a posição do grupo comandado pelo vice-governador Washington Oliveira (PT), contra quem o parlamentar disputará o controle da sigla no fim deste ano.

“Era uma pretensão do vice-governador Washington e do grupo que está ligado diretamente à governadora. A gente sempre fez essa avaliação. O partido realmente precisava de mais espaços no governo de uma maneira geral, mas isso é uma coisa comandada pelo vice-governador”, destacou.

Sobre a influência desse mais recente movimento no Processo de Eleição Direta, o PED, Zé Carlos foi sucinto. “Pode acontecer [influência no PED]”, disse.

Mensalão: MPF de Minas não vai investigar Lula e envia caso ao DF



Lula é acusado de receber repasses do mensalão

Em 14/03/2013 , às 13h03 -
Após um mês de análise, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais informou, na tarde desta quarta-feira, que o depoimento do operador do mensalão, Marcos Valério, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi remetido para a procuradoria da República em Brasília (DF). Valério fez várias denúncias, inclusive a de que o ex-presidente seria o mandante do mensalão.

Na capital mineira, no entanto, o MPF determinou que a Polícia Federal (PF) investigue repasses de Valério que não foram incluídos no processo do mensalão. Neste caso, os pagamentos não teriam relação com o depoimento de Valério no qual envolveu Lula com o esquema de pagamento de propina para deputados. Com isso, caberá agora aos procuradores do Distrito Federal decidirem se o ex-presidente petista será investigado ou se o caso será arquivado.

Em 14 de fevereiro, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, remeteu para o MPF mineiro o interrogatório de Valério. Após ter sido condenado a mais de 40 anos de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Valério prestou o depoimento a Gurgel e afirmou que Lula autorizou os empréstimos para custear o esquema de propina e ainda teria embolsado parte do dinheiro para bancar despesas pessoais. Lula nega, mas não fala com a imprensa sobre o assunto. Como o ex-presidente perdeu a prerrogativa de foro privilegiado do cargo, Gurgel enviou para Belo Horizonte, onde Valério tem residência fixa e presta depoimentos em outros processos, como do mensalão mineiro, que ainda está na fase de oitiva de testemunhas.

´Ainda não caí na real', diz padre após morte dentro de igreja no RS



Homem foi morto pelo ex-sogro durante missa na Zona Sul de Porto Alegre.
Segundo delegado, caso foi motivado por desavença familiar.

Dayanne RodriguesDa RBS TV

Crime ocorreu no interior da Paróquia do Santuário de Santa Rita de Cássia (Foto: Dayanne Rodrigues/RBS TV)Crime ocorreu no interior da Paróquia Santa Rita
de Cássia (Foto: Dayanne Rodrigues/RBS TV)
Além de causar pavor em uma paróquia da Zona Sul de Porto Alegre, a morte de um homem pelo ex-sogro dentro da igreja na manhã deste domingo (17) abalou o padre Moisés Antônio Dalcin, que celebrava a missa na Paróquia Santa Rita de Cássia. José Evandro Saldanha Rodrigues tinha 35 anos e estava separado há mais de um ano da filha do autor dos disparos.
"Ainda não caí na real. A missa já tinha terminado. Eu estava indo para a sacristia, benzi uma imagem de Santa Rita e aí começamos a ouvir os tiros", disse o padre Moisés. "Tinha sido uma missa linda, com igreja cheia e romeiros do interior. Eu estava realizado porque o dia estava lindo. Hoje vamos fazer orações e depois vamos ter de encarar a vida e seguir o trabalho", completou.
Autor dos disparos, o militar da reserva Luís Francisco Goulart, 55 anos, frequentava a igreja há décadas. A reação surpreendeu o padre. "Ele é um homem muito honrado, muito correto conosco. Gente de primeira linha. Foi uma situação limite porque não é uma ação normal dele", disse o padre Moisés. Goulart também ajudava a preparar as missas e distribuía as hóstias. "A gente ouvia falar dessa encrenca entre os dois, mas nunca pensei que fosse grave", concluiu o padre.
Depois dos tiros, houve uma correria muito grande. Pessoas se atiraram no chão e outras tentaram se esconder na sacristia. O autor dos tiros foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia para dar esclarecimentos. "Todo mundo indicou que havia desavença entre os dois, era uma desavença familiar", disse o delegado Gabriel Oliveira Bica, da 4ª Delegacia de Homicídios.
Conforme relatos  de testemunhas à polícia, o homem que atirou trabalhava como ajudante na igreja e ficou irritado ao ver o ex-genro entrar no local com a namorada. Cunhada da namorada da vítima, Daniela Maisonave estava com o casal no momento do crime. Ela disse que a discussão ganhou força após o homem cobrar do ex-sogro uma participação maior dos filhos adolescentes, de 13 e 16 anos, na igreja. Os filhos passaram a morar com os avós após a separação.
O primeiro tiro acertou a cabeça da vítima. Os outros três foram disparados já com ele no chão
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Diploma de curso técnico é vendido por até R$ 3 mil no Rio de Janeiro



Alunos de eletrotécnica recebem certificado de conclusão sem assistir a nenhuma aula e sem realizar estágios obrigatórios.


Uma pessoa que nunca entrou numa sala de aula, nem fez uma única prova, faz, por exemplo, projeto de instalações elétricas para prédios e shoppings.
As ofertas estão na internet, em panfletos distribuídos nas ruas e em classificados dos jornais. Eles vendem certificado de ensino médio, cursos técnicos e até mesmo diploma de curso superior.
Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, fica um dos lugares que vendem o documento. Tem um nome adequado: Curso Imediato.
Sem saber que estava sendo gravada, a funcionária Rose recebe a produção do Fantástico. “São R$ 2,8 mil. Se você quiser pagar à vista, você tem 10% de desconto”, diz Rose.
Em dois dias, o aluno, sem assistir a uma aula, recebe o certificado de conclusão do curso.
Rose: Hoje é quinta. Se você conseguisse hoje já, a gente tentar adiantar alguma coisa. Aí quando for sábado eu já te entrego o documento.
Repórter: Você entrega o quê?
Rose: A certidão de conclusão do curso, mais o seu histórico de notas com a carga horária. E também o seu estágio. Com isso aqui, você consegue dar entrada já no CREA.
O Crea, Conselho Regional de Engenharia, é o órgão que fiscaliza e emite o registro para os profissionais da área.
Rose mostra o diploma de eletrotécnica de um dos alunos: Daniel Augusto Sobral. Ele teria feito 1,2 mil horas de aula e 240 horas de estágio. É uma prática comum ninguém assistir aulas nem fazer provas neste curso.
Repórter: Agora, eu não vou precisar fazer prova, não é?
Rose: Não! Todos esses que estão aqui, nenhum fez prova.
Repórter: Nem assistiram aula?
Rose: Aqui nenhum assistiu aula.
Encontramos Daniel, no subúrbio do Rio. Ele mostra o registro no Conselho de Engenharia: “Está aqui meu Crea, está aqui”.
O nome de Daniel está no site do conselho e foi também publicado no Diário Oficial do estado.
O Curso Imediato também vendeu um diploma para Jader César do Nascimento.
Jader se apresenta como dono de uma empresa de edificações. Ele se diz capacitado a fazer todo tipo de obra e recomenda o curso de Rose: “É bom. Pode fazer que é bacana, sim”, diz.
Procurado pelo Fantástico, Daniel confirmou que não fez aulas.
Daniel: Não foi bem aula. Foi palestra.
Repórter: Você não fez estágio?
Daniel: Não.
Repórter: Você não fez prova?
Daniel: Não.
Por telefone, Jader negou a compra do diploma.
Repórter: Você comprou esse diploma de eletrotécnica?
Jader: Não, não. Desconheço isso.
O diploma mais cobiçado é bem mais difícil de negociar.
Repórter: Terceiro grau vocês têm?
Rose: Eu até tenho. Mas só que é muito sigiloso. Entendeu?
Repórter: Mais ou menos em que faixa?
Rose: R$ 40 mil.
O Fantástico entra no curso de Rose agora se identificando.
Repórter: Nesse local vocês vendem diplomas de cursos técnicos?
Rose: Não. A gente trabalha com cursos técnicos, mas não diplomas vendidos.
Na filial do Curso Imediato em Nilópolis, também na Baixada Fluminense, é possível comprar um pacote de diplomas.
Marise: Se você for fazer o ensino médio junto com um curso desse técnico, a gente faria para você até R$ 3,3 mil.
Marise: Só o curso técnico sai quanto?
Funcionária: R$ 3 mil.
O Curso Imediato faz parte de um esquema com diplomas de escolas reconhecidas oficialmente.
O certificado da escola Andreas Brunner, do Rio de Janeiro, é oferecido em outras partes do Brasil.
Em São Paulo, uma mulher só exige uma redação, uma prova e o pagamento. “O seu diploma vai vir com Andreas Brunner”, diz a funcionária.
No lugar da redação, copiamos uma crônica do escritor Luis Fernando Verissimo.
Repórter: Olha, a redação. Você quer dar uma olhadinha. Se é mais ou menos isso que precisa?
Funcionária: Parece que está bem legal. Está bom.
Pagamos o combinado.
Repórter: Eu mandei muito pouco. De 90 questões, eu fiz umas 10 só.
Funcionária: Fica em paz.
Repórter: Eu não sou o único que entrega a prova em branco?
Funcionária: Não, a maioria.
Por telefone, a mulher negou o esquema. Também por telefone, um dos donos diz que é vítima de falsificações: “Eu já tive documentos até do Paraná falsificados. Aqui no Rio, no próprio Rio de Janeiro, gente falsificando”, afirma.
O esquema também acontece em Belo Horizonte. A conversa é pelo telefone.
Repórter: O senhor tem o curso técnico também?
Funcionário: Tenho. Qual área você está precisando?
Repórter: Eletrotécnica.
Funcionário: Sai a R$ 1 mil.
Voltamos no Curso Imediato de Nilópolis, Marise negou o comércio de diplomas: “Nós não vendemos diploma. Os alunos fazem prova. Nós temos prova. Nós temos tudo aqui”.
O Imediato também negocia diploma da escola Cemob, de Angra dos Reis, que tem registro no Conselho Estadual de Educação. Cabe ao conselho fiscalizar a qualidade das escolas.
“É uma vergonha, é realmente um estelionato. É gente que está vendendo diploma. Vamos pedir à Secretaria de Educação que encaminhe ao Ministério Público denúncias consistentes sobre esses colégios”, afirma o presidente do CEE-RJ, Roberto Guimarães Boclin.
O Crea já investiga o Cemob por causa do excesso de registros de profissionais.  
Por telefone procuramos a direção da escola, que não quis receber nossa equipe, mas admitiu que já teve parcerias com o Curso Imediato.
“Isso que nós assistimos acontece em muitos estados, principalmente nos mais desenvolvidos e é um crime. Esses técnicos formados dessa maneira, por serem leigos, eles podem cometer erros técnicos. E esses erros técnicos levarem, por exemplo, a um desabamento de uma casa, de um prédio”, avalia o presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro.

Médica presa acusa coordenador por fraude com dedos de silicone



Segundo a médica Thauane Nunes Ferreira, presa em flagrante, Jorge Luiz Cury cobrava repasse do valor dos plantões não trabalhados.

O Fantástico mostra a confissão da médica presa em flagrante fraudando um ponto eletrônico, no Samu, de Ferraz de Vasconcelos, na grande São Paulo. Domingo passado - você viu no Fantástico - as imagens do momento em que ela usava dedos de silicone para cometer a fraude. Agora, a médica revela como funcionava o esquema.
A origem da denúncia foi um vídeo obtido com exclusividade pelo Fantástico. As imagens foram gravadas por uma ex-funcionária do Samu de Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana de São Paulo. No alojamento dos médicos, ela mostra diversos dedos de silicone. Segundo a ex-funcionária, o armário é do coordenador do Samu, o médico Jorge Luiz Cury. O vídeo foi enviado à prefeitura.
“A partir daí, nós iniciamos o monitoramento. Durante 15 dias, nós ficamos a postos, nós colocamos um ônibus e começamos o monitoramento acerca dessas informações”, diz o secretário de Segurança de Ferraz de Vasconcelos, Carlos César Alves.
Foi dentro desse ônibus, estacionado estrategicamente ao lado do relógio de ponto da prefeitura, que o pessoal da Secretaria de Segurança Pública gravou todas as imagens do flagrante. Os agentes já tinham uma ideia do dia e da hora da troca de plantão. Foi aguardar e filmar tudo.
No último domingo (10), a médica Thauane Nunes Ferreira, de 29 anos, foi pega em flagrante. Ela usava os dedos de silicone com as digitais de colegas. A médica passa a prótese, olha para o lado para se certificar se tem alguém, e depois pega o comprovante impresso. Ela repete a operação três vezes.
Logo depois, o próprio secretário de segurança gravou a confissão. Nas imagens, ela aponta o chefe como responsável pelo esquema.
Secretário: Como é o nome?
Thauane: Doutor Jorge.
Secretário: Jorge Cury? Ele que obriga você a fazer isso?
Thauane concorda com a cabeça.
A polícia apreendeu seis dedos de silicone. Três foram identificados imediatamente por comprovantes impressos pela máquina de ponto. São dos médicos: Rodrigo Gil de Castro Jorge, Aline Monteiro Cury, filha de Jorge Cury, e Felipe de Moraes.
No vídeo, Thauane diz que foi Felipe que fez o dedo falso.
Thauane: Doutor Felipe.
Secretário: Ele que faz o dedo?
Thauane: É, ele que fez o meu, pelo menos.
Na sexta-feira (15), a médica prestou depoimento ao Ministério Público. Ela afirmou que a abordagem de Jorge Cury era "intimidatória", e que ele havia dito que, se "ela não quisesse passar os dedos de silicone, ele arrumaria outro médico que o fizesse".
A médica contou ainda que não trabalhava todos os domingos. Ela "repassava a Jorge Cury o dinheiro dos plantões que não fazia. “Tem algumas vezes que ele dá plantão e passa o meu dedo, e aí cai na minha conta, eu repasso tudo para ele”, disse Thauane. Ela apresentou comprovantes bancários que somam R$ 5,5 mil.
“O único benefício que ela teve foi preservar o emprego. Todo o dinheiro de recebimento que foi a mais, que não foi o resultado do trabalho dela, ela fez uma devolução para o doutor Jorge Cury a mando dele”, diz o advogado dela, Celestino Gomes.
Outra médica, que não quer ser identificada, também trabalhou no Samu de Ferraz de Vasconcelos. Ela diz que participou da fraude, mas que se arrependeu e pediu demissão. Ela também aponta Jorge Cury como o autor do esquema. “Ele foi bem claro: que ou eu participava, ou estava fora”, diz ela.
Thauane Nunes Ferreira, Jorge Cury e os três médicos que aparecem no registro impresso de ponto foram afastados do trabalho e estão sendo investigados.
“Até agora, não tem me provado o envolvimento dos demais funcionários, exceto o da classe médica ali.”, aponta o delegado Wagner Lombisani.
“Serão com certeza exonerados e terão que devolver o que receberam de maneira ilegal”, afirma o prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló.
O doutor Cury alegou problemas de saúde e  não prestou depoimento ao Ministério Público.
O Fantástico procurou o médico e a filha na casa dele, em Mogi das Cruzes, na grande São Paulo, e também por telefone, mas eles não foram encontrados.
Em nota, o advogado de Felipe de Moraes disse que o médico "não participou de nenhum esquema de fraude e que nunca recebeu dinheiro sem que tivesse trabalhado nos plantões".
Rodrigo Gil de Castro Jorge também não foi encontrado pela reportagem.
Golpes do ponto eletrônico não são raros. "Jogavam cola no local da leitura, jogavam ácido, quebras de mêcanica", disse o subsecretário de Estado de Saúde do RJ, Sylvio Jorge de Souza Júnior.
O Sindicato dos Médicos diz que não há provas. "Não há registro nem na polícia e em nenhuma investigação em curso que  esteja apontando para que os médicos tenham sido os causadores dos danos causados a essa máquina" , disse o presidente do Sindicato dos Médicos do RJ, Jorge Darze
No Rio de Janeiro, para controlar a presença dos médicos, o governo estadual apelou para a tecnologia. Os médicos registram a presença nos leitores biométricos e a informação vai automaticamente para uma central, além de ficar disponível também para os pacientes.
“Ele tem condições de olhar esse painel e verificar qual é o médico que está lá, quantos médicos tem e, se o médico não estiver, se for lançada a falta para ele, aparece na coluna de presença a palavra ausente”, explica o subsecretário.
A polícia e o Ministério Público investigam a possibilidade de mais médicos participarem da fraude. Até agora, só a médica que aparece nas filmagens foi indiciada. Ela e os colegas podem responder por peculato, estelionato e formação de quadrilha. A pena pode chegar a 12 anos de prisão.

Primeira prefeita eleita por voto direto no Brasil morre no Ceará aos 89 anos



Aldamira Guedes foi eleita prefeita de Quixeramobim, no Ceará, em 1958.
Ela estava internada em um hospital em Fortaleza desde janeiro deste ano.

Do G1 CE

Aldamira foi a primeira prefeita eleita com voto direto (Foto: TV Diário/Reprodução)Aldamira foi a primeira prefeita eleita com voto direto
(Foto: TV Diário/Reprodução)
A primeira mulher eleita prefeita por voto direto no Brasil, Aldamira Guedes Fernandes, morreu aos 89 anos em Fortaleza na madrugada de sábado (16) de parada cardíaca. Aldamira foi prefeita de Quixeramobim, no Sertão Central do Ceará.
Ela estava internada em um hospital particular de Fortaleza desde janeiro, quando sofreu uma queda em sua residência, em janeiro. De acordo com o hospital, ela havia passado por uma cirurgia e se preparava para retornar a Quixeramobim, quando teve a parada cardíaca.
A prefeitura de Quixeramobim decretou luto oficia de cinco dias. A data e horário do sepultamento de Aldamira Guedes ainda não foram definidos.
Aldamira foi eleita prefeita em 1958 e exerceu o mandato entre 1959 e 1962. Ela era natural de Iguatu, no Ceará, e morava em Quixeramobim desde os 17 anos de idade.
Prefeita por voto indireto
Luiza Alzira Soriano Teixeira, do Rio Grande do Norte, foi a primeira prefeita eleita no Brasil, em 1928, no entanto, ela foi eleita de forma indireta, que permitia o voto apenas de pessoas delegadas
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Papa Francisco receberá presidente da Argentina em sua 1ª audiência



Vaticano considerou o encontro como 'gesto de cortesia e afeto'.
Papa também almoçará com a presidente na Casa Santa Marta.

Da EFE

O Papa Francisco, o ex-arcebispo de Buenos Aires, receberá nesta segunda-feira (18) a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na sua primeira audiência com um chefe de Estado.
O Vaticano considerou o encontro desta segunda como um "gesto de cortesia e afeto" para a chefe de Estado e o povo argentino.
"Trata-se de um gesto de cortesia, de atenção para a Argentina e sua presidente", disse à Agência EFE o porta-voz vaticano, Frederico Lombardi. O padre considerou como "natural" o fato de o Papa receber a presidente da Argentina, o país do pontífice, de maneira "diferente" do restante das delegações que assistirão à missa de inauguração de seu pontificado.
O porta-voz ressaltou que não se trata de uma visita formal ou de Estado, mas de um gesto de cortesia, de carinho para a sua terra natal.
A presidente argentina, Cristina Kirchner no momento da chegada a Roma no domingo (17) (Foto: AFP PHOTO / TELAM - Juan Roleri)A presidente argentina, Cristina Kirchner no momento da chegada a Roma no domingo (17) (Foto: AFP PHOTO / TELAM - Juan Roleri)
Francisco receberá Cristina Kirchner às 12h50 (8h50 de Brasília) e almoçará com ela na Casa Santa Marta, onde se alojam os cardeais durante o conclave e onde ainda está hospedado o Papa nestes dias, pois ainda não tomou posse de seus aposentos no Palácio Apostólico.
A reunião acontece depois de uma relação turbulenta, nos últimos anos, entre o então arcebispo de Buenos Aires e os Kirchner, sobretudo, após a aprovação das leis sobre o aborto e o casamento homossexual.
O então presidente Nestor Kirchner, falecido em outubro de 2010, rompeu a tradição que vinha desde 1810 e decidiu não assistir à missa Te Deum, que no dia 25 de maio é celebrada na Catedral Metropolitana de Buenos Aires em homenagem à Revolução de Maio.
A última reunião particular entre Cristina e Bergoglio aconteceu em 2010.
Cristina Kirchner assistirá também  nesta terça (19) à missa de início do pontificado, na qual são esperadas 150 delegações de vários países.
Papa Francisco deve receber os representantes de cada país no final da missa, no Altar da Confissão, no interior da Basílica de São Pedro.
A delegação argentina estará composta pelo ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman; o presidente da Suprema Corte de Justiça, Ricardo Lorenzetti; o titular da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez e o deputado Ricardo Alfonsín, além de representantes da Conferência Episcopal Argentina e de vários partidos políticos do país.
Cristina chegou no domingo (17) a Roma pouco antes das 16h locais (12h de Brasília) na área militar do aeroporto de Ciampino. Já o ministro das Relações Exteriores chegou às 7h locais (3h de Brasília) do sábado (16) para poder participar da primeira oração do Ângelu
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POPULAÇÃO CRESCEU E A 10 GOVERNO DO PT NÃO FAZ NADA.





Mais de 70% das comarcas do país não 




têm defensores públicos


Brasileiros que não podem pagar por um advogado enfrentam processos judiciais e julgamento sem qualquer tipo de assistência jurídica.

É lei! Quem precisa de advogado, mas não tem dinheiro, tem direito a um defensor público pago pelo Estado. Se este é um direito do cidadão, por que tanta gente enfrenta processos judiciais sem nenhum tipo de assistência jurídica? O Fantástico mostra agora como a falta de defensores públicos afeta a vida de milhares de brasileiros.
Quanto custa um bom advogado em Goiás? “Um processo criminal, para fazer um habeas corpus, uns R$ 5 mil”, diz a advogada da Fetaeg Laissa Pollyana do Carmo.
E na Bahia, o que faz quem não tem esse dinheirão? “Se, porventura, quiser requerer um habeas corpus, é muito difícil”, aponta o professor Daniel de Sousa Santos.
Se o filho adolescente de uma mãe desempregada em Santa Catarina for levado pela polícia, quem vai olhar por ele? “Eu fiquei apavorada. Eles vão bater no meu filho, eles vão matar o meu filho, e eu não sei onde é que está o meu filho”, conta a faxineira Ilione de Fátima Morais.
A quem recorre uma paulistana sem salário que passou dez anos apanhando do marido? “Puxa vida! Eles têm que... Quantas mulheres que não sofrem de agressão ‘igual eu’? E que chegam a morrer? Então tem que ter para apoiá-las, não é verdade?”, afirma uma mulher que não quis se identificar.
Para todos esses casos, a Constituição brasileira oferece uma solução: o defensor público concursado, e pago pelo Estado, para defender pessoas que não podem contratar advogado. “Dentre todas as figuras presentes num processo, o defensor público é aquele que está mais perto da população”, explica a defensora pública de São Paulo Mariana Melo Bianco.
Então, por que não existem defensores públicos nem em Goiás, nem em Santa Catarina? Por que só 41 das 272 comarcas de São Paulo e só 24 das 278 comarcas da Bahia têm defensores?
“Se a justiça é simbolizada por uma balança, no Brasil, os pratos da balança estão em desequilíbrio em desfavor do mais fraco, porque se investe pouco na defensoria pública”, avalia o presidente da Anadep André Castro.
A Associação dos Magistrados Brasileiros registra 11.673 juízes estaduais em seus quadros. O Conselho Nacional do Ministério Público diz que existem 8.540 promotores de primeira instância nos estados. O mapa da Defensoria Pública divulgado esta semana mostra que existem apenas 5.054 defensores públicos estaduais. Das 2.680 comarcas brasileiras, apenas 754, o equivalente a 28% do total, contam com pelo menos um defensor público.
Em Goiás, um interminável concurso foi suspenso pela terceira vez. “Quando eu fiz o concurso, eu ainda não estava grávida. Eu engravidei depois da primeira fase, e o Lucas nasceu depois da segunda fase. E estamos aguardando a terceira fase ser feita e o Lucas já está com um ano e três meses”, conta a candidata a defensora Cintia Monique Amoury.
O concurso foi suspenso porque dois candidatos reprovados pediram a anulação das provas.
O Tribunal de Justiça de Goiás informou que 29 defensores foram aprovados nas duas primeiras fases, mas dez já passaram em outros concursos e devem desistir da defensoria.
A consequência disso é a tramitação de processos judiciais em que uma das partes acaba tendo de enfrentar um julgamento sem nenhum tipo de assistência jurídica. No desespero, as pessoas procuram ajuda nos lugares mais inusitados. Em Goiás, boa parte do movimento dos sindicatos de trabalhadores rurais é de gente procurando advogado.
“O pedreiro, o comerciante, o balconista, a dona de casa, a doméstica, não estão tendo assistência jurídica. Eles estão jogados, quer dizer, não está tendo justiça para pobre” afirma o presidente do sindicato, Amparo do Carmo.
O sindicato só pode oferecer advogado aos trabalhadores rurais. Para os outros, não há o que fazer. “Eu acho que isso está ocorrendo em todos os municípios da região da Estrada de Ferro”, aponta.
É bem ao lado da ferrovia que fica a casa de Bertolina. Ela morou lá por mais de 50 anos, mas, quando a mãe dela morreu, a igreja veio reclamar a posse do terreno. Foi o padre quem chamou. “O irmão Davi. Se nós ‘pegasse’ a amolar, aí eles iam mandar prender ‘nós’”, diz.
O casal saiu. E até tentou se informar se o padre estava certo.
Casal: nós ‘foi’ lá no fórum, para conversar com o promotor. A mulher falou: ‘não, aqui não tem jeito de vocês entrar não’.
Fantástico: não deixaram entrar no fórum?
Casal: não.
Fantástico: quantas vezes o senhor esteve lá?
Casal: quatro vezes.
Fantástico: e o que disseram?
Casal: ‘vocês procurem um advogado’.
Fantástico: mas quem que barrou vocês no fórum?
Casal: é a porteira lá.
Fantástico: não passaram nem pela portaria?
Casal: não, a portaria falou: ‘não, aqui não pode entrar’.
No fórum de Esplanada, o assistente do juiz diz que ninguém é barrado.
Fantástico: eles reclamaram que foram barrados quatro vezes..
Assistente: não. Não teve isso não.
Fantástico: não?
Assistente: não mesmo.
O irmão Davi, da Congregação Católica Marista, não quis gravar entrevista, mas disse que nunca ameaçou o casal. Ele mostrou o mapa do terreno, dizendo que pertence à instituição religiosa e que a Justiça vai decidir o caso.
De Goiás a Santa Catarina, um estado onde funcionava a advocacia dativa: advogados particulares que atuavam como defensores e eram pagos pelo Estado. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional esse sistema e deu prazo de um ano para instalar a defensoria.
Enquanto isso não acontece é cada vez mais difícil encontrar um advogado dativo, pois eles ficaram com medo de não receber. “Então houve uma retração do sistema dativo, sendo que o sistema de Defensoria Pública não tinha sido implantado ainda. Os defensores vão tomar posse agora em março e o sistema, provavelmente, vai começar a funcionar em abril”, diz o conselheiro da OAB-SC Eduardo de Melo e Sousa.
Nesse meio tempo, Ilione entrou em desespero. Disseram que ela não teria direito de visitar o filho adolescente apreendido pela Justiça. “Eu liguei para o disque-denúncia, direitos humanos, conselho tutelar, Ministério Público, procuradoria, eu fui em tudo quanto é lugar”, diz a faxineira.
Ilione não passou a mão na cabeça do filho, apanhado vendendo droga numa boca de fumo. “Ele aprontou, ele incomodou, ele teria que pagar pelos erros dele”, afirma.
Mas não abriu mão de sair de Florianópolis e viajar 200 quilômetros para procurar por ele em Lages. “Eu desembolsei R$ 300 sem ter. Eu ganho R$ 550. Eu desembolsei R$ 300 para poder visitar o meu filho. É um direito meu, está no ECA. Ele tem direito a um advogado e eu tenho direito de ver o meu filho”, diz Ilione.
Na falta de um defensor no interior, o advogado da infância e da juventude de Florianópolis tentou ajudá-la. “Fiz o pedido de saída de Natal, pedido de saída do dia das mães, fiz o pedido referente ao aniversário”, afirma Ênio Gentil Vieira Júnior.
Mas ele atua na capital e o garoto estava no interior.  A Justiça demorou tanto que, quando os pedidos foram acatados, a pena já tinha sido cumprida e o rapaz já estava até trabalhando.
O governo de Santa Catarina anunciou a chegada de uma força-tarefa de 40 defensores públicos federais e de outros estados para revisar processos atrasados e anunciou a nomeação de 45 defensores aprovados em concurso.
Fantástico: o senhor diria que a instalação da defensoria vai garantir o direito ao acesso a um advogado a todas as pessoas que precisarem?
Ivan Ranzolin (defensor geral de SC): absolutamente.
Fantástico: o senhor pode dar essa garantia?
Ivan Ranzolin: vamos garantir, pelo seguinte: porque nós vamos ter poucos defensores, mas, como eu disse, é indispensável o convênio com a OAB.
De Santa Catarina a São Paulo. O estado mais rico do país tem cerca de 500 defensores já atuando. Mas só duas das sete varas da capital, especializadas no julgamento de crimes contra a mulher, contam com defensoras.
Fantástico: ou seja, as mulheres que sofreram crimes semelhantes nas outras áreas não têm a quem recorrer?
Mariana Melo Bianco: não têm.
Fantástico: na cidade de são paulo?
Mariana: não têm.
Fantástico: não há nenhum defensor ao qual elas possam recorrer?
Mariana: não.
A mulher que denuncia a violência quer que a Justiça a proteja. Mas, por falta de um defensor público, há denúncias que nem saem da delegacia. “Ela acha que é automático. Se ela foi à delegacia e fez um boletim de ocorrência, que vai existir um processo. E em determinados crimes isso não acontece”, destaca Mariana.
Seria por falta de orientação? “Eu acho! Porque se demorei dez anos para descobrir onde é que tinha uma que pudesse me atender, não é?”, diz a mulher.
Uma senhora se apaixonou por um vizinho encantador. “Muito gentil. As flores desciam por uma cordinha na janela. Eu morava embaixo, descia pela janela”, conta ela. Dias depois do casamento, aquele homem amável estava irreconhecível. “Quebrou meu cóccix, quebrou minha mão, quebrou meu dedo. Chutes, socos e ponta pés por nada”, lembra. Ela suportou calada durante dez anos. Até descobrir que existia uma defensora pública. “Eu falando com ela me traz sorriso, o que eu não tenho mais”, diz.
A Defensoria Pública do estado de São Paulo prometeu fazer 400 nomeações nos próximos quatro anos, aumentando o número de defensores públicos de 500 para 900 até 2016.
De São Paulo a Acajutiba, no interior da Bahia, são mais de dois mil quilômetros. Mas nada é mais difícil que arrancar um sorriso de Nilza. Tudo por causa de um erro na certidão de casamento.
Fantástico: Palestina é o povoado onde a senhora nasceu?
Nilza: é um povoado.
Fantástico: que fica no município de Aporá.
Nilza: isso. Isso que está errado: Palestina, Bahia.
Fantástico: está faltando o município, é isso?
Nilza: está faltando só o município.
Fantástico: Aporá?
Nilza: Aporá.
Fantástico: e com isso a senhora não consegue tirar documento?
Nilza: com esse problema não estou conseguindo tirar minha identidade e resolver meus outros problemas, né?
Um problemão.
Fantástico: a certidão de nascimento a senhora não tem mais?
Nilza: não, mas tem o registro de quando eu nasci, né?
Fantástico: no cartório?
Nilza: no cartório.
Fantástico: e não acharam?
Nilza: só que no cartório não acham.
Em casos assim, é necessária a retificação de registro civil.
Fantástico: vai ter que entrar com uma ação pra que o cartório modifique a sua certidão, né?
Nilza: é.
Em Acajutiba, onde Nilza mora, não existe defensor. Só na cidade vizinha, Esplanada.
O Fantástico o encontrou no fórum, encaminhando mais um caso de reconhecimento de paternidade, com exame de DNA e tudo, um dos mais de 5 mil processos que ele tem de dar conta sozinho.
“A primeira coisa que me vem à cabeça é solucionar o problema daquela pessoa. Botar um fim, botar um ponto final”, aponta o defensor público Ricardo Alcântara.
Contamos a ele sobre Nilza.
Fantástico: agora, sem identidade, e sem CPF, ela não abre conta no banco.
Ricardo: não abre conta em banco.
Fantástico: o INSS ela consegue?
Ricardo: não se cadastra em INSS. Ela não pode se cadastrar nos programas sociais para receber uma casa.
Mas o defensor é claro. Como Nilza mora em outra comarca, ele está de mãos atadas.
Fantástico: o senhor não pode defendê-la na comarca dela?
Ricardo: não posso fazer isso, porque eu não tenho atribuição para atuar na comarca onde ela domicilia.
Fantástico: e quem vai dar uma resposta para ela? O Estado deveria oferecer um defensor.
Ricardo: sem dúvida nenhuma. Infelizmente, ela vai ter de bater às portas de um escritório de advocacia privado. Infelizmente.
Fantástico: é só isso? Só essa alternativa que ela tem?
Ricardo: infelizmente é.
Nilza resolve insistir. No dia seguinte, sai cedo de casa. Pega o ônibus, cai na estrada. Espera no fórum de Esplanada. Até que o defensor a chama.
Ricardo: a senhora reside na cidade de Acajutiba?
Nilza: isso.
Ricardo: bom, dona Nilza, diante dessa situação, infelizmente, a Defensoria Pública do município de Esplanada não vai poder ajuizar essa ação. A senhora tem dinheiro para pagar um advogado?
Nilza: não tenho. No momento, eu estou desempregada, não estou trabalhando. Estou parada em casa.
Fantástico: que situação, né? Constrangedor.
Ricardo: é muito constrangedor. Infelizmente é constrangedor. Isso acontece, isso é muito normal no interior da Bahia.
“Achei que eu estava vindo no lugar certo e nada deu certo”, afirma Nilza.