terça-feira, 19 de março de 2013

Receita Federal aplica multas de R$ 60 bilhões a multinacionais brasileiras



Multas foram aplicadas por causa do não pagamento de impostos sobre os lucros apurados no exterior. Somente a Vale foi multada em R$ 36 bilhões

Agência Estado 
Agência Estado
As multinacionais brasileiras e a Receita Federal estão travando uma disputa bilionária, que pode ameaçar a internacionalização das empresas. A Receita aplicou multas que, somadas, chegam a R$ 60 bilhões, por causa do não pagamento de impostos sobre os lucros apurados no exterior. As companhias contestam as punições na Justiça.
Divulgação
A Vale recebeu multa de R$ 36 bilhões pelo não pagamento de impostos sobre os lucros apurados no exterior
Para acabar com a insegurança jurídica, o Ministério da Fazenda negocia com os representantes das empresas uma nova legislação sobre o tema, que será enviada ao Congresso em breve. Segundo o Estado apurou, uma das alternativas mais prováveis é dar um prazo de oito anos para que as empresas internalizem os lucros obtidos fora do País e paguem os impostos devidos. A nova lei, no entanto, não resolve a situação das multas antigas.
Praticamente todos os pesos pesados da indústria nacional foram multados. Estão na lista: Vale, Petrobrás, Ambev, Gerdau, Odebrecht, CSN, Votorantim, Embraco, Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Coamo, entre outras. Procuradas, as empresas não se manifestaram. A Receita também não deu entrevista.
A Vale, que concentra suas operações em uma holding na Áustria, foi multada em R$ 36 bilhões. A empresa não fez provisão no balanço, pois avalia que há possibilidade de vitória na Justiça. No caso de derrota, o impacto seria brutal, com venda de ativos ou até uma eventual adesão ao Refis, programa de refinanciamento de dívidas tributárias.
Apesar de ser estatal, a Petrobrás é vice-líder das multas, com cerca de R$ 12 bilhões. Em seguida, aparece a Ambev, com autuações de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões, por não pagar os impostos por lucros obtidos por duas subsidiárias no exterior, uma na Espanha e outra no Uruguai.
Os valores restantes são menores, mas ainda assim expressivos. A Gerdau, por exemplo, foi multada em R$ 232 milhões, por consolidar lucros em uma holding na Espanha. A empresa conseguiu uma vitória em primeira instância na esfera administrativa, mas a Receita pode recorrer.
Imbróglio
Em todos os casos, o imbróglio é parecido. As empresas organizam as operações no exterior por meio de holdings, onde consolidam lucros e prejuízos apurados ao redor do mundo. Uma fatia do lucro é reinvestida, enquanto outra parte é enviada para a matriz no Brasil, quando a controlada paga dividendos à controladora.
As holdings são instaladas em países com os quais existem acordos para evitar a bitributação. Entre os destinos preferidos, estão Áustria e Espanha. Com base nos tratados, são pagos impostos nesses países e quase nada no Brasil. Na visão das empresas, os acordos internacionais se sobrepõem à legislação local. Para a Receita, algumas dessas holdings só existem no papel, para evitar pagar imposto.
De acordo com advogados e fontes das empresas, o potencial de passivo tributário é, pelo menos, o dobro das multas já aplicadas. Boa parte das autuações expedidas pela Receita no ano passado são referentes a 2008 - prazo-limite para as multas, já que a infração expira em cinco anos. Ou seja, as multas dos últimos cinco anos ainda não teriam sido contabilizadas.
"As divergências entre as empresas e o Fisco geraram uma insegurança jurídica brutal. O Brasil precisa com um urgência de uma nova lei, que não retire a competitividade do setor privado", diz Bernard Appy, sócio da LCA Consultores e ex-secretário executivo da Fazenda.
"As multas da Receita contradizem o objetivo de outros órgãos do governo de promover a internacionalização das empresas brasileiras", diz Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do departamento de comércio exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DILMA SE ESQUECEU QUE ELA PRÓPRIA É A PRESIDENTE E DIZ QUE PESSOAS PRECISAM DE CONDIÇÕES EM VEZ DE DA ESSA CONDIÇÃO Á AS PESSOAS.





Dilma diz que pessoas precisam de condições para deixar áreas de risco

Declaração da presidente foi dada um dia depois de defender "medidas um pouco mais drásticas" para impedir ocupação de áreas críticas no País

Agência Brasil 
Agência Brasil
Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff apelou nesta terça-feira para que as pessoas evitem construir em áreas de risco como forma de reduzir a sequência de desastres naturais no país. Um dia depois de defender “medidas um pouco mais drásticas”para impedir a ocupação desses locais, a presidenta voltou ao tema e disse que é necessário dar condições às pessoas para que deixem as regiões de risco.
"Não pode construir. Não pode deixar construir. E, em uma questão [situação] de emergência, a pessoa tem que sair. Tem que ter essa consciência”, disse Dilma, depois de participar da missa que marcou o começo do pontificado do papa Francisco.
Segundo a presidenta, é fundamental oferecer condições para as famílias deixarem os locais onde vivem. “A pessoa que estiver morando na zona de risco, a gente tem que oferecer condições para ela sair. Nós já fizemos isso em vários outros lugares, mas sempre há pessoas que resistem. Então, há que ter essa atitude”, ressaltou.
Dilma elogiou o trabalho da imprensa na divulgação de informações e no alerta aos moradores de áreas de risco. “O trabalho de vocês [imprensa] é muito importante. Quando vocês anunciam, fazem a cobertura, fica claro que corre risco. [Também] fica claro que corre risco de morte, não só a família, mas também as pessoas que vão lá avisar”, disse ela.

    Ministério Público quer prisão imediata do deputado Natan Donadon



    Donadon foi condenado em 2010 a 13 anos de prisão por desviar R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia

    Agência Brasil 
    Agência Brasil
    O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje (19) que espera a prisão imediata do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO). Ele foi condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Gurgel, mesmo que haja novos recursos, a situação do parlamentar não será alterada.
    Gurgel disse que já pediu a prisão imediata do político no final do ano passado. Na avaliação do procurador, a prisão deveria ocorrer já na semana que vem. “Não há dúvida de que haverá uma série de outros embargos no intuito de retardar a efetivação. Como tenho sempre dito em outros casos, é preciso dar efetividade à decisão do Supremo Tribunal Federal”, disse Gurgel.
    Agência Câmara
    O deputado federal Natan Donadon permanece no Congresso enquanto o processo aguarda para ser julgado
    O STF publicou ontem (18) decisão de dezembro passado que rejeitou os últimos recursos apresentados pelo deputado. Em tese, o mandado de prisão pode ser expedido em cinco dias caso não haja novo recurso, o que poderá tornar Donadon o primeiro deputado federal preso no exercício do mandato. Hoje, a assessoria de Donadon informou que ele vai recorrer.
    Para a relatora do caso no Supremo, ministra Cármen Lúcia, é preciso aguardar o fim do processo para decidir como será a execução da pena e como a prisão afetará a atividade parlamentar do deputado. “Vamos esperar o trânsito em julgado porque eu sou uma juíza biblicamente, a cada dia a sua agonia”. Ela disse que, em tese, Donadon pode entrar com novos recursos. Caso isso ocorra, a ministra disse que levará o caso imediatamente para o plenário do STF.
    O deputado foi condenado em outubro de 2010 pelos crimes de peculato e formação de quadrilha por desviar mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1995 e 1998, quando era diretor financeiro do órgão. Ao todo, ele recebeu pena de 13 anos, quatro meses e dez dias, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ele também terá que devolver R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
    Em dezembro, o advogado Nabor Bulhões disse que entraria com mais um recurso assim que a decisão fosse publicada. Ele informou que pediria revisão criminal do processo, pois entende que o parlamentar foi tratado de forma desigual em relação aos outros réus que participaram do esquema.
    Segundo Bulhões, há precedentes em que o STF se adequou a decisões de juízes de primeira instância nos casos em que as penas eram mais benéficas aos réus. O advogado também disse, na ocasião, que iria pedir a suspensão dos efeitos da condenação até o julgamento do novo recurso.

    ERRO GRAVE EM VEZ DE 67% DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS NÃO TEM ÁGUA ENCANADA. COLOCARAM FOI QUE CONTROLAM QUALIDADE DA ÁGUA.


    67% dos municípios brasileiros controlam qualidade da água

    Ministério da Saúde afirmou em evento que meta é levar mecanismos de fiscalização da qualidade do saneamento a 70% das cidades ainda este ano e a 75% até 2015

    Agência Brasil 
    Agência Brasil

    AE
    Esgoto corre a céu aberto na comunidade Iguarapé Espírito Santo, Coari (AM) em 05/2012

    Em todo o país, apenas 67% das cidades dispõem de mecanismos para fiscalizar e avaliar a qualidade da água, informou nesta terça-feira (19) o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto. Segundo ele, a meta é levar o serviço a 70% dos municípios neste ano. Até 2015, a taxa deve chegar a 75% das cidades do país.
    O que caracteriza o controle é a capacidade de cadastrar as fontes de fornecimento de água e gerar dados de controle e vigilância sobre o serviço de abastecimento. Para Netto, esse desafio se tornará cada vez maior conforme a taxa avançar: "Depois que chegarmos aos 80%, avançar 2 pontos percentuais será um desafio maior do que é agora".

    Leia: 
    Rio Tietê deve ser despoluído até 2025, diz Sabesp 
    Debate sobre água reforça importância de saneamento básico na Rio+20 Rio desperdiça 30% da água tratada, diz presidente da companhia de saneamento
    Dia Mundial da Água: “Não há solução única e mágica"
    O diretor do Ministério da Saúde participou de um painel sobre saneamento ambiental e promoção da saúde no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, promovido esta semana pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Participante da mesma mesa, o professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Léo Heller, destacou a necessidade de se ampliar também a qualidade da distribuição de água, diferenciando cobertura de acesso.
    "Acesso significa que a pessoa dispõe de um serviço de qualidade, e não apenas da ligação com o sistema de distribuição", explicou.
    Segundo Heller, pelos dados do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), 33% da população brasileira não têm acesso à água nos termos mencionados por ele, seja por não estar conectado a um sistema de distribuição ou por não receber água de qualidade. Cerca de 50% não dispõem de tratamento de esgoto.
    O professor defendeu uma abordagem menos tecnocêntrica nos planos de saneamento, com uma visão mais ampla dos problemas dos locais onde os projetos serão implementados: "É preciso que a percepção da população seja captada. Em grandes investimentos de infraestrutura, se perde essa dimensão, o que compromete os esforços públicos."
    Heller elogiou o Plansab, mas afirmou que ele deve moldar o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e não ser moldado por ele: "O PAC prioriza a visão física e perde a visão de política pública. Obra, em si, não é o suficiente. É preciso que seja algo estruturado."
    O doutor em engenharia lamentou ainda que alguns projetos que estão sendo preparados com base no Plansab sejam “arcaicos": "Não basta planejar. O planejamento tem que modificar as decisões futuras. Muitos dos planejamentos que temos analisado infelizmente não farão isso. Podem cumprir as datas estipuladas, mas não vão alterar a tomada de decisões no futuro".

    Em missa inaugural, papa Francisco pede proteção aos pobres e ao meio ambiente



    Pontífice recebe anel do pescador, símbolo do papa; antes da missa de entronização, papa se aproximou de multidão reunida na Praça de São Pedro, no Vaticano

    iG São Paulo 
    AP
    Papa Francisco celebra sua missa de entronização na Praça de São Pedro, no Vaticano
    papa Francisco pediu aos príncipes, presidentes, xeques, e centenas de fiéis reunidos para sua missa de entronização nesta terça-feira (19) que protejam o meio ambiente, os mais fracos e os mais pobres. Com sua homilia, o papa Francisco destacou os temas que deve priorizar durante seu período como líder de 1,2 bilhão de católicos.
    O argentino é o primeiro papa jesuíta e daAmérica Latina e o primeiro a adotar o nome de Francisco , uma homenagem a São Francisco de Assis, santo italiano que abdicou de uma vida de luxo para se dedicar à natureza e aos pobres. Ele afirmou também que um pouco de ternura "pode abrir um horizonte de esperanças".
    O pontífice foi interrompido por aplausos diversas vezes durante sua homilia, principalmente quando falou sobre a necessidade de proteger o meio ambiente, servir uns aos outros com amor e ternura e não permitir que "presságios de destruição", inveja, ódio e orgulho "contaminem nossas vidas".
    Francisco disse que o papel do papa é abrir seus braços e proteger toda a humanidade, mas "especialmente os mais pobres, os mais fracos, os menos importantes, aqueles a quem Mateus lista no julgamento final sobre o amor: o faminto, o sedento, o estranho, o nu, o doente e aqueles na prisão."
    "Hoje em meio a tanta escuridão precisamos ver a luz de esperança e sermos homens e mulheres que trazem esperança para os outros", disse. "Proteger a criação, proteger cada homem e cada mulher, olhar por eles com ternura e amor, é abrir um horizonte de esperança, é deixar um raio de luz atravessar nuvens pesadas."
    Francisco entusiasmou a multidão no início da missa dando uma longa volta pela praça e saindo do seu papamóvel para abençoar um homem inválido . Foi um gesto de um prelado cujo curto período no papado já vem se definindo pela espontaneidade e preocupação com os mais desfavorecidos.
    As bandeiras azuis e brancas da Argentina eram as mais presentes em meio a multidão, estimada, segundo a mídia italiana, em 1 milhão. O Vaticano disse que o número real de fiéis reunidos foi entre 150 mil e 200 mil. Guardas fecharam as principais ruas que levam até a praça e montaram barricadas por quase dois quilômetros ao longo do caminho para tentar controlar as massas e permitir que as delegações oficiais passassem.
    Antes de a missa começar, Francisco recebeu o anel do pescador, simbolizado o papado , e o pálio de lã simbolizando o papel do pastoreio do rebanho de fiéis. Ele também recebeu votos de obediência de meia duzia de cardeais - um símbolo importante, uma vez que seu predecessor, Bento 16 , está vivo.
    Um cardeal entoou o rito de inauguração dizendo: "O Bom Pastor deu a Pedro a tarefa de alimentar seus cordeiros e suas ovelhas; hoje você o sucede como bispo dessa Igreja."
    Cerca de 130 delegações oficiais participaram da missa, incluindo seis chefes de Estado da América Latina, como a presidenta brasileira Dilma Rousseff . Também compareceram a chanceler alemã, Angela Merkel; o vice-presidente dos EUA, Joe Biden; a presidenta argentina, Cristina Kirchner; o presidente de Taiwan, Ying-Jeou Ma; o presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe; o príncipe Albert de Mônaco e o príncipe do Bahrein, xeque Abdullah bin Haman bin Isa Alkhalifa, entre outros.
    Francisco também dirigiu-se aos líderes em sua homilia, dizendo: "Gostaria de pedir a todos os que tem posições de responsabilidade na economia, política, e vida social, e todos os homens e mulheres de boa vontade: deixe-nos sermos os protetores da criação, os protetores dos planos de Deus na natureza, protetores uns dos outros e do meio ambiente."
    Entre os líderes religiosos presentes estava o líder espiritual dos cristãos ortodoxos, Bartolomeu 1º, que se tornou o primeiro patriarca da Igreja de Istambul a participar de uma inauguração papal desde que o Grande Cisma do Oriente, há cerca de mil anos. Também participou pela primeira vez o chefe dos rabinos de Roma. A presença deles resalta a esperança para o diálogo inter-religioso.
    Francisco destacou seu estilo simples desde o momento em que fez sua primeira aparição ao mundo na varanda da Basílica de São Pedro , dispensando a estola vermelha e usando apenas a batina branca. Depois, pagou a própria conta no hotel em que ficou hospedado antes do início do conclave , que o elegeu como papa.
    Com AP

    A PRESIDENTE DILMA NÃO CONSEGUE SEGURAR A INFLAÇÃO.





    Inflação avança em 6 de 7 capitais na 2ª prévia de março, afirma FGV

    Salvador registrou a única queda no IPC-S, passando de 0,73% na primeira leitura do mês para 0,64%

    Agência Estado 
    Agência Estado
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    Salvador registrou a única queda no IPC-S, passando de 0,73% na primeira leitura do mês para 0,64%, segundo cálculo da FGV
    O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou em seis das sete capitais analisadas da primeira quadrissemana de março para a segunda, período em que o indicador variou de 0,52% para 0,63%, informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
    Em São Paulo, o IPC-S saiu de 0,30% na primeira quadrissemana de março para 0,40%, Porto Alegre foi de 0,71% para 0,92% e o Rio de Janeiro saiu de 0,34% para 0,48%. No Recife passou de 0,92% para 1,00%, em Belo Horizonte saiu de 0,31% para 0,49% e em Brasília passou de 0,81% para 0,97%. Salvador registrou a única queda, passando de 0,73% para 0,64%. O IPC-S da segunda quadrissemana de março foi calculado entre os dias 16 de fevereiro e 15 de março.