quarta-feira, 12 de março de 2014

Evangelho quotidiano

Quarta-feira, dia 12 de Março de 2014

Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

Santa Josefina, penitente, +1353, S. Luís Orione, sacerdote, fundador, +1940, Santo Inocêncio I, papa, +417

Comentário do dia
Afraates : «O jejum que Me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente» (Is 58,6)

Jonas 3,1-10.

A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos:
«Levanta-te e vai a Nínive, à grande cidade e apregoa nela o que Eu te ordenar.»
Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma cidade imensamente grande, e eram precisos três dias para a percorrer.
Jonas entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída.»
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor.
A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não sejam levados a pastar nem bebam água.
Os homens e animais cubram-se de roupas grosseiras, e clamem a Deus com força; converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
Quem sabe se Deus não se arrependerá e acalmará o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos?»
Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez. 

Lucas 11,29-32.

Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas.
Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão!
Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Afraates (?-c. 345), monge, bispo perto de Mossul
Exposições, nº 3 «Sobre o jejum»; SC 349

«O jejum que Me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente» (Is 58,6)

Os ninivitas jejuaram um jejum puro quando Jonas lhes pregou a conversão. […] Eis o que está escrito: «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho e, arrependendo-Se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez» (Jn 3,10). Não se diz: «Ele viu a abstinência de pão e água, com saco e na cinza», mas: «Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho». Pois o rei de Nínive tinha falado e dito: «Converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos» (v. 8). Foi um jejum puro e foi aceite. […]


Pois, meu amigo, quando se jejua, a melhor abstinência é sempre a da maldade. É melhor que a abstinência de pão e água, melhor que o jejum «em que o homem se mortifica, curva a cabeça como um junco, deita-se sobre saco e cinza», como diz Isaías (58,5). Com efeito, quando o homem se abstém de pão, de água ou de qualquer outra comida, quando se cobre de saco e de cinza e se aflige, é amado, é belo aos olhos de Deus e é acolhido. Mas o que mais agrada a Deus é «libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas» (v. 6). Então, desse homem, diz-se: «a tua luz surgirá como a aurora. […] A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti. […] Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis» (v. 8-11). Ele não será como os hipócritas «que mostram um ar sombrio e desfiguram o rosto» (cf. Mt 6,16), para mostrar aos outros que jejuam.