domingo, 16 de março de 2014

Evangelho Domingo, dia 16 de Março de 2014



Domingo, dia 16 de Março de 2014

2º Domingo da Quaresma - Ano A
2º Domingo da Quaresma (semana II do saltério)

Santo Abraão, eremita, séc. V, Santa Margarida de Cortona, religiosa, penitente, +1297, Santa Eusébia, abadessa, +680

Comentário do dia
São João Crisóstomo : «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem seja ressuscitado dentre os mortos»

Gén. 12,1-4a.

Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar.
Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos.
Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas.»
Abrão partiu, como o Senhor lhe dissera, levando consigo Lot. Quando saiu de Haran, Abrão tinha setenta e cinco anos. 

2 Tim. 1,8b-10.

Caríssimo: Compartilha o meu sofrimento pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos, por santo chamamento, não em atenção às nossas obras, mas segundo o seu próprio desígnio e a graça a nós concedida em Cristo Jesus, antes dos séculos eternos,
e agora revelada na manifestação do nosso Salvador, Cristo Jesus, que destruiu a morte e irradiou vida e imortalidade, por meio do Evangelho, 

Mateus 17,1-9.

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte.
Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Nisto, apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.»
Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados.
Aproximando-se deles, Jesus tocou-lhes, dizendo: «Levantai-vos e não tenhais medo.»
Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém.
Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n º 56; PG 58, 549

«Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem seja ressuscitado dentre os mortos»

Jesus Cristo conversou muito com os seus discípulos acerca dos seus sofrimentos, da sua Paixão e morte, e predisse os males que iria suportar e a morte violenta que um dia os faria sofrer (Mt 16,21-26). Foi por isso que, depois de lhes dizer coisas tão duras e tão difíceis, tentou consolá-los evocando as recompensas que lhes daria quando viesse na glória de seu Pai (v. 27). […] Quis mostrar-lhes com antecedência, na medida em que eles eram capazes de o compreender nesta vida, a grande majestade na qual estava para vir, impedindo assim a perturbação e a dor que os seus apóstolos, especialmente Pedro, poderiam sentir perante a sua morte. […]


«Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João.» Porque tomou apenas esses três apóstolos? Provavelmente porque eles excediam os outros: São Pedro por causa de seu entusiasmo e do seu amor; São João porque era o discípulo que Jesus amava (Jo 13,23), e São Tiago, porque dissera, com seu irmão: «Podemos [beber o teu cálice]» (Mt 20,22), e porque manteve a sua palavra (Act 12,2). […]


Porque fez aparecer Moisés e Elias? […] Ele era constantemente acusado de violar a Lei e de blasfemar, apropriando-Se de uma glória que não Lhe pertencia, a glória do Pai.[…] Querendo pois mostrar que não violava a Lei e que não Se atribuía uma glória que não Lhe pertencia, Jesus invoca a autoridade das duas testemunhas mais irrepreensíveis: Moisés, que dera a Lei […], e Elias, que fora abrasado de zelo pela glória e o serviço de Deus (1Rs 19,10). […] Além disso, queria ensinar-lhes que era o senhor da vida e da morte, trazendo à sua presença um homem que estava morto e outro que tinha sido transportado vivo numa carruagem de fogo (2Rs 2,11). E queria revelar aos seus discípulos a glória da sua cruz, consolar Pedro e os companheiros, que se sentiam atemorizados pela sua Paixão, aumentar-lhes a coragem. Com efeito, Moisés e Elias falavam com Ele da glória que haveria de receber em Jerusalém (Lc 9,31), ou seja, da sua Paixão e da sua cruz, que os profetas sempre tinham apelidado de sua glória.