Segunda-feira, dia 24 de Março de 2014
Segunda-feira da 3ª semana da QuaresmaBeato Diogo José de Cádiz, religioso, +1801, Santa Catarina da Suécia, virgem, religiosa, +1381
Comentário do dia
Guilherme de Saint-Thierry : «Havia muitas viúvas em Israel»
2 Reis 5,1-15a.
Naqueles dias, Naaman, general dos exércitos do rei da Síria, gozava de grande prestígio diante do seu amo e era muito estimado, porque, por meio dele, o Senhor salvou a Síria; era um homem robusto e valente, mas leproso.
Ora tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem donzela, que ficou ao serviço da mulher de Naaman.
Ela disse à sua senhora: «Ah, se o meu amo fosse ter com o profeta que vive na Samaria, certamente ficava curado da lepra!»
Naaman foi contar ao seu soberano aquilo que dissera a jovem israelita.
O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu vou escrever uma carta ao rei de Israel.» Naaman partiu levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
Levou ao rei de Israel uma carta escrita nestes termos: «Juntamente com esta carta, aí te mando o meu servo Naaman, para que o cures da sua lepra.»
Ao terminar de ler a carta, o rei de Israel rasgou as suas vestes e exclamou: «Sou eu, porventura, um deus que possa dar a morte ou a vida, de modo que me enviem alguém para eu o curar da lepra? Reparai e vede como ele busca pretextos contra mim.»
Mas Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei rasgara as suas vestes e mandou-lhe dizer: «Porque rasgaste as tuas vestes? Que ele venha ter comigo e saberá que há um profeta em Israel.»
Chegou, pois, Naaman com o seu carro e os seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne ficará limpa.»
Naaman, despeitado, retirou-se, dizendo: «Pensava que ele sairia a receber-me e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, colocaria a sua mão no lugar infectado e me curaria da lepra.
Porventura, os rios de Damasco, o Abaná e o Parpar, não são acaso melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia lavar neles e ficar limpo?» E, virando costas, retirou-se indignado.
Mas os seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a deverias fazer? Quanto mais agora, ao dizer-te: ‘Lava-te e ficarás curado.’»
Naaman desceu ao Jordão e lavou-se sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e a sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo.
Voltou, então, ao homem de Deus com toda a sua comitiva; entrou, apresentou-se diante dele e disse: «Reconheço agora que não há outro Deus em toda a Terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo.»
Ora tendo os sírios feito uma incursão no território de Israel, levaram consigo uma jovem donzela, que ficou ao serviço da mulher de Naaman.
Ela disse à sua senhora: «Ah, se o meu amo fosse ter com o profeta que vive na Samaria, certamente ficava curado da lepra!»
Naaman foi contar ao seu soberano aquilo que dissera a jovem israelita.
O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu vou escrever uma carta ao rei de Israel.» Naaman partiu levando consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa.
Levou ao rei de Israel uma carta escrita nestes termos: «Juntamente com esta carta, aí te mando o meu servo Naaman, para que o cures da sua lepra.»
Ao terminar de ler a carta, o rei de Israel rasgou as suas vestes e exclamou: «Sou eu, porventura, um deus que possa dar a morte ou a vida, de modo que me enviem alguém para eu o curar da lepra? Reparai e vede como ele busca pretextos contra mim.»
Mas Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei rasgara as suas vestes e mandou-lhe dizer: «Porque rasgaste as tuas vestes? Que ele venha ter comigo e saberá que há um profeta em Israel.»
Chegou, pois, Naaman com o seu carro e os seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne ficará limpa.»
Naaman, despeitado, retirou-se, dizendo: «Pensava que ele sairia a receber-me e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, colocaria a sua mão no lugar infectado e me curaria da lepra.
Porventura, os rios de Damasco, o Abaná e o Parpar, não são acaso melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia lavar neles e ficar limpo?» E, virando costas, retirou-se indignado.
Mas os seus servos aproximaram-se dele e disseram-lhe: «Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a deverias fazer? Quanto mais agora, ao dizer-te: ‘Lava-te e ficarás curado.’»
Naaman desceu ao Jordão e lavou-se sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e a sua carne tornou-se como a de uma criança e ficou limpo.
Voltou, então, ao homem de Deus com toda a sua comitiva; entrou, apresentou-se diante dele e disse: «Reconheço agora que não há outro Deus em toda a Terra, senão o de Israel. Aceita este presente do teu servo.»
Lucas 4,24-30.
Naquele tempo, Jesus veio a Nazaré e falou ao povo na sinagoga: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.
Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra;
contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon.
Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.»
Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor.
E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo.
Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Guilherme de Saint-Thierry (c. 1085-1148), monge beneditino, depois cisterciense
A Contemplação de Deus, 12; SC 61 bis
Senhor, a minha alma miserável está nua, gelada e transida; deseja ser aquecida pelo calor do teu amor. […] Na imensidade do meu deserto, na vastidão da vaidade do meu coração, não apanho ramitos como a viúva de Sarepta, mas apenas estes poucos galhos, para preparar a minha comida com um punhado de farinha e a vasilha de azeite, e depois entrar em minha casa e morrer (cf 1Rs 17,10ss) – ou por outra, não morrerei assim tão depressa; não, Senhor, «não morrerei, antes viverei, para narrar as obras do Senhor» (Sl 118,17).
Permaneço, pois, na minha morada solitária […] e abro a boca para Ti, Senhor, procurando alento. E, por vezes, Senhor, […] Tu pões-me qualquer coisa na boca do coração, mas não permites que eu saiba o que é. É certo que sinto um sabor tão doce e tão delicioso, tão reconfortante, […] que já não quero mais nada. Mas Tu não permites que eu compreenda, nem com a vista, nem com a inteligência […]; gostaria de retê-la, de a ruminar, de a saborear, mas ela passa depressa. […] Aprendo pela experiência o que dizes sobre o Espírito no Evangelho: «Não sabes de onde vem nem para onde vai […]. O Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8). Descubro em mim que Ele sopra, não quando eu quero, mas quando Ele quer. […]
Devo elevar os olhos somente para Ti, para Ti que és a «fonte de vida», e «na tua luz, verei a luz» (cf Sl 36,10). Para Ti, Senhor, é para Ti que os meus olhos se voltam. […] Mas quanto tempo mais tardarás, durante quanto mais tempo se inclinará a minha alma para Ti, miserável, ansiosa, sem fôlego? Peço-Te: esconde-me «ao abrigo da tua face», guarda-me «das intrigas dos homens»; defende-me «na tua tenda contra as línguas maldizentes» (cf Sl 31,21).
Permaneço, pois, na minha morada solitária […] e abro a boca para Ti, Senhor, procurando alento. E, por vezes, Senhor, […] Tu pões-me qualquer coisa na boca do coração, mas não permites que eu saiba o que é. É certo que sinto um sabor tão doce e tão delicioso, tão reconfortante, […] que já não quero mais nada. Mas Tu não permites que eu compreenda, nem com a vista, nem com a inteligência […]; gostaria de retê-la, de a ruminar, de a saborear, mas ela passa depressa. […] Aprendo pela experiência o que dizes sobre o Espírito no Evangelho: «Não sabes de onde vem nem para onde vai […]. O Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8). Descubro em mim que Ele sopra, não quando eu quero, mas quando Ele quer. […]
Devo elevar os olhos somente para Ti, para Ti que és a «fonte de vida», e «na tua luz, verei a luz» (cf Sl 36,10). Para Ti, Senhor, é para Ti que os meus olhos se voltam. […] Mas quanto tempo mais tardarás, durante quanto mais tempo se inclinará a minha alma para Ti, miserável, ansiosa, sem fôlego? Peço-Te: esconde-me «ao abrigo da tua face», guarda-me «das intrigas dos homens»; defende-me «na tua tenda contra as línguas maldizentes» (cf Sl 31,21).