terça-feira, 12 de abril de 2011

O PAPA bento XVl esclarece duvidas antigas.

Papa Bento XVI Rejeita a responsabilidade do povo judeu pela Crucificação de yeshua hámashia ( jesus o mesias)


Papa rejeita a responsabilização dos judeus pela crucificação de Cristo

O antissemitismo, o ódio aos judeus, segundo o Vaticano, não possui legitimação teológica. Livro com as reflexões sobre a paixão, morte e ressurreição de Cristo será publicado em sete línguas na próxima semana.




Em um livro que chegará ao mercado nos próximos dias, o Papa assumiu uma posição histórica. Bento XVI rejeitou a responsabilização do povo judeu pela crucificação de Jesus Cristo.
Não é uma visão nova da igreja, mas a primeira vez que um Papa faz uma análise detalhada da responsabilidade dos judeus pela morte de Jesus. Ao analisar os Evangelhos de Mateus e João, Bento XVI afirma que a condenação de Jesus pelo povo judeu não representa um fato histórico.
“Os verdadeiros responsáveis foram os líderes templo e seus seguidores, e não o povo em geral”, escreve o Papa, que pergunta: “Como todo o povo judeu poderia ter estado presente naquele momento para pedir a crucificação?”.
O livro com as reflexões sobre a paixão, morte e ressurreição de Cristo será publicado em sete línguas na próxima semana.


Desde 1965, a responsabilidade coletiva dos judeus pela morte de Jesus foi excluída pela Igreja. O Papa João XXIII teve um papel importante na reaproximação entre as duas religiões. O antissemitismo, o ódio aos judeus, segundo o Vaticano, não possui legitimação teológica.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e representantes da comunidade judaica em todo o mundo elogiaram a posição de Bento XVI. Para eles, é um momento histórico, mesmo que a Igreja já tenha repudiado anteriormente a culpa dos judeus na crucificação de Cristo.




Netanyahu felicita Papa por rejeitar 'falsa acusação' contra judeus

JERUSALÉM — O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, felicitou o papa Bento XVI por ter "rejeitado (...) a falsa acusação que serviu de base ao ódio contra o povo judeu", após o pontífice negar que todos os judeus tenham sido responsáveis pela morte de Cristo.
"Eu o elogio por rejeitar vigorosamente, em seu novo livro, a falsa acusação que esteve na origem do ódio contra o povo judeu durante séculos", escreveu Netanyahu em uma carta enviada nesta quinta-feira ao papa.
Em seu livro "Jesus de Nazaré", Bento XVI afirma que a expressão "os judeus" utilizada por João Evangelista, no Novo Testamenho, "não se refere de modo algum ao povo de Israel como tal" mas a uma aristocracia.>
Após acusar os judeus de deicidas por vários séculos, os católicos os eximiram da responsabilidade pela crucificação de Cristo, no Concílio Vaticano II (1962-1965).
No entanto, para o rabino David Rosen, responsável pelo diálogo interreligioso no Comitê Judeu americano (AJC), o livro do Papa dará maior repercussão a esta mudança de posição da Igreja do que a decisão do Vaticano II.
"A maioria dos fiéis da Igreja Católica não tem a menor ideia do que há nos documentos do Vaticano, mas quando o Papa faz um comentário, pode-se ter certeza de que milhões de pessoas em todo o mundo estarão informadas", estimou.



O sangue de Jesus não clama por vingança e punição, mas traz reconciliação.
Ele não foi derramado contra ninguém, mas a favor de muitos, de todos”


Bento XVI: elogios da comunidade judaica (Alberto Pizzoli / AFP)
Para o papa Bento XVI, a ideia de que os judeus são os culpados pela morte de Jesus Cristo, tese polêmica debatida há séculos e séculos, é equivocada. A posição do pontífice, que também é um respeitadíssimo estudioso das Escrituras cristãs, é apresentada num livro que será lançado na semana que vem. Para ele, essa versão sobre a morte de Jesus provocou uma brutal perseguição contra os judeus, culminando com o Holocausto, na II Guerra Mundial.

A comunidade judaica elogiou as declarações do papa. Para a Liga Antidifamação Judaica, trata-se de um “momento histórico”, ainda que a Igreja já tenha repudiado oficialmente a ideia em 1965. "Esse é um repúdio pessoal de um conceito que sustentou teologicamente séculos de antissemitismo", disse Elan Steinberg, vice-presidente da entidade Encontro Americano dos Sobreviventes do Holocausto e Seus Descendentes, à rede britânica BBC.

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