Marcha contra a corrupção movimenta ruas da capital

NOTÍCIAS / SÃO LUÍS

Passeata reuniu cerca de 3 mil que protestaram contra a má aplicação do dinheiro público.

SÃO LUÍS - Cerca de 3 mil pessoas participaram ontem à tarde da IV Marcha do Povo Contra a Corrupção, por ruas de São Luís. Os manifestantes denunciaram casos de mau uso do dinheiro público e violação dos direitos humanos. O movimento reuniu representantes de municípios do interior. Pela manhã, das 8h30 ao meio-dia, foi realizada uma Audiência Pública no ginásio Castelinho, onde foram apresentadas as denúncias de violação ao direito à educação, bem como casos de desvio de recursos públicos em cidades maranhenses.

Para o padre João Maria, um dos organizadores da marcha, a população está cansada de ser deixada de lado. Segundo ele, as pessoas precisam cobrar dos governantes, as instituições públicas, para garanti um futuro mais digno para as comunidades. “Durante todo o ano de 2012, fizemos um levantamento bem amplo, abrangendo diversos aspectos das administrações públicas, tanto do interior do Maranhão como em São Luís. Muitos recursos da educação não estão sendo aplicados de forma correta. Escolas que recebem uma boa quantidade em dinheiro não investem nem a metade”, afirmou o padre.

Efeito - A passeata saiu do Castelinho, seguiu em direção ao bairro Monte Castelo e terminou na Praça Maria Aragão, na Beira-Mar. Os manifestantes caminharam acompanhados de escolta policial e o protesto ocorreu pacificamente, sem transtornos. O padre João Maria disse ainda que todos precisam estar engajados para que esse tipo de ato público surta efeito. “Este é um momento para trocarmos ideias sobre a participação popular na sociedade. Sabemos que não basta querer e ficar sentado esperando que os resultados venham. Precisamos fazer por onde e exigir de verdade mais transparência”, assinalou.

Estudantes e profissionais liberais participaram da passeada, carregando cartazes. Alguns disseram acreditar que a Marcha do Povo Contra a Corrupção pode deixar um recado importante para as autoridades. “As pessoas precisam ter coragem para sair de casa e protestar contra a corrupção”, disse a estudante Mariana Guimarães, de 19 anos.

O estudante Felipe Sampaio, 17 anos, acredita que a mudança precisa partir de cada cidadão. Para ele, as leis precisam ser respeitadas e cumpridas. “Temos de aproveitar o direito de protestar”, disse.