segunda-feira, 4 de março de 2013

Conheça os possíveis sucessores de Bento XVI



Analistas apontam o arcebispo de São Paulo, como um dos favoritos a papa. Giacomo Galeazzi acredita que o nome de Scherer pode receber apoio dos americanos.


O primeiro domingo sem papa, e sem Ângelus, não afastou da praça os peregrinos que passaram por Roma. O nome de Bento XVI desapareceu das celebrações, como está previsto durante a Sé Vacante.
Uma notícia na agência italiana Ansa provocou embaraço entre os cardeais brasileiros. A de que o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno não votaria em Dom Odilo Scherer no conclave e sim no canadense Marc Ouellet. Dom Damasceno desmentiu.

"Eu creio que essa agencia está mal informada. Não sei de onde ela tirou essa informação. Eu nunca me pronunciei a respeito da pessoa em quem votarei nesse conclave. Digo mais uma vez e repito: que Dom Odilo tem todas as condições de assumir um pontificado caso ele venha a ser votado no próximo conclave.", disse.
Alguns analistas apontam o arcebispo de São Paulo, como um dos favoritos a Papa. Giacomo Galeazzi acredita que o nome de Scherer pode receber apoio dos americanos. "Ainda que Dom Odilo seja visto como um homem próximo a Tarciso Bertone, ele está na Comissão de Vigilância do Banco do Vaticano, que possui um patrimônio de 5 bilhões de euros. E este cargo é uma vantagem", diz o vaticanista do jornal La Stampa.
Outro brasileiro cotado é o ex- presidente da Congregação dos Religiosos, Dom João Brás de Aviz, de 65 anos.
Paranaense, foi criado cardeal por Bento XVI no ano passado.
"Ainda há uma grande incerteza. Uma parte dos cardeais quer apostar no cardeal Angelo Scola. Mas os estrangeiros pedem mais tempo para ver se vale a pena apoiar alguém da América do Norte ou do Sul"  diz Marco Politi,  vaticanista do jornal Il Fatto Quotidano.
Scola, de 72 anos, é arcebispo de Milão, uma das maiores dioceses do mundo. É visto como uma mistura de João Paulo II com Bento XVI. Homem de fé e ao mesmo tempo de governo.
Na Capela Sistina, 51 países estarão representados. A Itália tem o maior numero de eleitores: 29 votos. Mas há rumores de que os cardeais italianos não estariam unidos. Para eleger o Papa são necessários dois terços dos votos - o equivalente a77.
O arcebispo de Boston, Sean Patrick O'Malley, de 69 anos, desde 2002 combate a pedofilia na igreja. O americano fala espanhol, português e alemão.  É outro nome que vem crescendo nas preferências.
Uma figura que fascina muitos cardeais é Peter Erdo, de 61 anos, arcebispo de Budapeste. Muito estimado por Bento XVI, é presidente do Conselho dos Bispos Europeus.
Marc Ouellet, cardeal de Quebec no Canadá, era o prefeito da Congregação dos Bispos. Visto como humilde e flexível, é um dos poucos que se reunia com Bento XVI todas as semanas. Mas há informações de que ele teria declarado que não quer ser Papa.
O argentino Leonardo Sandri, representante da cúria romana, 70 anos, também desponta entre os preferidos. É visto como um candidato que quer conservar a cúria -a cúpula da igreja- tal como ela é.
Do lado oposto, entre os que querem a reforma da cúria romana, está Carlo Maria Vigano. Atual núncio nos Estados Unidos, foi afastado pelo cardeal Tarciso Bertone porque queria sanear as finanças do Vaticano.

Galeazzi diz que se os italianos não conseguirem eleger rapidamente um candidato deles, poderá haver um confronto e o conclave se estender por até duas semanas.
O cardeal da Escócia, Keith O'Brien, acusado de ter molestado quatro padres, e que já tinha pedido demissão e não participaria do conclave, hoje assumiu que cometeu atos inapropriados. O'Brien divulgou uma nota pedindo desculpas à Igreja e ao povo escocês
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