segunda-feira, 11 de março de 2013

Engenheiro diz que versão de Mizael para ligações em Guarulhos é 'impossível'


Ligações recebidas pelo réu não poderiam ser captadas pelas antenas de onde ele afirmou ter permanecido no dia do crime, afirmou a testemunha Eduardo Amato Tolezani

Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo |
As análises de ligações telefônicas contradizem o depoimento do advogado Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a ex-namorada, Mércia Nakashima, no dia 23 de março de 2010. Segundo o engenheiro Eduardo Amato Tolezani, era “impossível” que o réu recebesse as chamadas dos arredores do Hospital Geral de Guarulhos, onde ele afirmou ter estado no dia em que Mércia desapareceu.
Segundo depoimento de Mizael à polícia, ele passou boa parte daquele dia com uma garota de programa em seu carro, estacionado próximo ao hospital. Para Tolezani, no entanto, a antenas que captaram algumas chamadas ficavam distantes demais do local em que o carro estava.
O perito analisou várias chamadas do celular de Mizael naquele dia - todas captadas por antenas próximas ao hospital. A partir das 18h56, quando Mércia já estaria com ele, as ligações “foram feitas de um lugar diferente de onde o GPS apontava o carro [do réu]”.
Uma das ERBs (Estação Rádio Base) estava a uma distância de dez quilômetros do carro. “A maior parte do sinal da antena apontava para o outro lado”, afirmou o engenheiro, especializado em telecomunicações. “Nos meus cálculos, eu favorecia a conexão em caso de dúvida.”
De acordo com relatório da operadora responsável pelo sinal, “não é possível efetuar chamada desse local”. Já a conclusão do perito diz que foi a de que “podemos dizer com muito mais de 99,9% de certeza que a ligação é impossível”.
Julgamento do caso Mércia Nakashima começa nesta segunda no Fórum Criminal de Guarulhos (SP). Foto: Marcos Bezerra/Futura Press

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