quinta-feira, 14 de março de 2013

Evangelho quotidiano

Quinta-feira, dia 14 de Março de 2013Quinta-feira da 4ª da Quaresma
Santa Matilde, rainha da Prússia, +968,  Beata Josefina Gabriela Bonino, virgem, fundadora, +1906


Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II : «Investigai as Escrituras [...]: são elas que dão testemunho a Meu favor»
Leituras
Ex. 32,7-14.


Naqueles dias, O Senhor falou a Moisés dizendo: «Vai, desce, porque o teu povo, aquele que tiraste do Egipto, está pervertido. 
Desviaram-se bem depressa do caminho que lhes prescrevi. Fizeram um bezerro de metal fundido, prostraram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: «Israel, aqui tens o teu deus, aquele que te fez sair do Egipto.» 
O Senhor prosseguiu: «Vejo bem que este povo é um povo de cerviz dura. 
Agora, deixa-me; a minha cólera vai inflamar-se contra eles e destruí-los-ei. Mas farei de ti uma grande nação.» 
Moisés implorou ao Senhor, seu Deus, dizendo-lhe: «Porquê, Senhor, a tua cólera se inflamará contra o teu povo, que fizeste sair do Egipto com tão grande poder e com mão tão poderosa? 
Não é conveniente que se possa dizer no Egipto: ‘Foi com má intenção que Ele os fez sair, foi para os matar nas montanhas e suprimi-los da face da Terra!’ Não te deixes dominar pela cólera e abandona a decisão de fazer mal a este povo. 
Recorda-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, aos quais juraste por ti mesmo: tornarei a vossa descendência tão numerosa como as estrelas do céu e concederei à vossa posteridade esta terra de que falei, e eles hão-de recebê-la como herança eterna.» 
E o Senhor arrependeu-se das ameaças que proferira contra o seu povo. 


João 5,31-47.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Se Eu testemunhasse a favor de mim próprio, o meu testemunho não teria valor; 
há outro que testemunha em favor de mim, e Eu sei que o seu testemunho, favorável a mim, é verdadeiro. 
Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 
Não é, porém, de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para vos salvardes. 
João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz. 
Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho de que o Pai me enviou. 
E o Pai que me enviou mantém o seu testemunho a meu favor. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu rosto, 
nem a sua palavra permanece em vós, visto não crerdes neste que Ele enviou. 
Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são elas que dão testemunho a meu favor. 
Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida! 
Eu não ando à procura de receber glória dos homens; 
a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus. 
Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome, a esse já o receberíeis. 
Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único? 
Não penseis que Eu vos vou acusar diante do Pai; há quem vos acuse: é Moisés, em quem continuais a pôr a vossa esperança. 
De facto, se acreditásseis em Moisés, talvez acreditásseis em mim, porque ele escreveu a meu respeito. 
Mas, se vós não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Revelação divina, «Dei Verbum», §§ 14-16

«Investigai as Escrituras [...]: são elas que dão testemunho a Meu favor»

Deus amantíssimo, desejando e preparando com solicitude a salvação de todo
o género humano, escolheu por especial providência um povo a quem confiar
as Suas promessas. [...] A história da salvação de antemão anunciada,
narrada e explicada pelos autores sagrados, encontra-se nos livros do
Antigo Testamento como verdadeira palavra de Deus. Por isso, estes livros
divinamente inspirados conservam um valor perene: «Tudo quanto está
escrito, para nossa instrução está escrito, para que, por meio da paciência
e consolação que nos vem da Escritura, tenhamos esperança» (Rom 15,4).O
plano de salvação do Antigo Testamento destinava-se sobretudo a preparar, a
anunciar profeticamente e a simbolizar com várias figuras o advento de
Cristo, redentor universal, e o do reino messiânico. Mas os livros do
Antigo Testamento manifestam a todos, segundo a condição do género humano
antes do tempo da salvação estabelecida por Cristo, o conhecimento de Deus
e do homem, e o modo com que Deus justo e misericordioso trata os homens.
Tais livros, apesar de conterem também coisas imperfeitas e transitórias,
revelam, contudo, a verdadeira pedagogia divina. Por isso, os fiéis devem
receber com devoção estes livros que exprimem o vivo sentido de Deus, nos
quais se encontram sublimes doutrinas a respeito de Deus, uma sabedoria
salutar a respeito da vida humana, bem como admiráveis tesouros de preces,
e nos quais, finalmente, está latente o mistério da nossa salvação.Foi por
isso que Deus, inspirador e autor dos livros dos dois Testamentos, dispôs
tão sabiamente as coisas, que o Novo Testamento está latente no Antigo, e o
Antigo está patente no Novo. Pois, apesar de Cristo ter alicerçado à nova
Aliança no Seu sangue, os livros do Antigo Testamento, ao serem
integralmente assumidos na pregação evangélica, adquirem e manifestam a sua
plena significação no Novo Testamento, que por sua vez iluminam e explicam.

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