quarta-feira, 27 de março de 2013

Evangelho quotidiano

Quarta-feira, dia 27 de Março de 2013
4a-FEIRA DA SEMANA SANTA

S. João do Egipto, eremita, +374,  S. João Damasceno, presbítero, Doutor da Igreja, +749,  Santo Alexandre, patriarca de Alexandria, +326,  Santo Alberto Chmielowski, religioso, fundador, +1916



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Santa Catarina de Sena : O desespero de Judas

Leituras

Is. 50,4-9a.



«O Senhor Deus ensinou-me o que devo dizer, para saber dar palavras de alento aos desanimados. Cada manhã desperta os meus ouvidos, para que eu aprenda como os discípulos. 
O Senhor DEUS abriu-me os ouvidos, e eu não resisti, nem recusei. 
Aos que me batiam apresentei as espáduas, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me ultrajavam e cuspiam. 
Mas o Senhor DEUS veio em meu auxílio; por isso não sentia os ultrajes. Endureci o meu rosto como uma pedra, pois sabia que não ficaria envergonhado. 
O meu defensor está junto de mim. Quem ousará levantar-me um processo? Compareçamos juntos diante do juiz! Apresente-se quem tiver qualquer coisa contra mim. 
O Senhor DEUS vem em meu auxílio; quem ousará condenar-me? Cairão todos esfrangalhados, como roupa velha, roída pela traça.» 


Mateus 26,14-25.


Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 
e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. 
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» 
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’» 
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa. 
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze. 
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.» 
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?» 
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará. 
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!» 
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus. 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogo, 37

O desespero de Judas

[«(Judas) foi tocado pelo remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos
sumos-sacerdotes e aos anciãos, dizendo: “Pequei, entregando sangue
inocente”. Eles replicaram: "Que nos importa? Isso é lá contigo". Atirando
as moedas para o santuário, ele saiu e foi enforcar-se» (Mt 27,3-5).


Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe:] O pecado que não tem perdão, nem
neste mundo nem no outro, é o do homem que, desprezando a Minha
misericórdia, não quis ser perdoado. É isso que considero mais grave e foi
por isso que o desespero de Judas Me entristeceu mais e foi mais penoso
para o Meu Filho do que a sua traição. Os homens serão pois condenados por
esse falso juízo que os leva a crer que o seu pecado é maior que a Minha
misericórdia. [...] São condenados pela sua injustiça quando lamentam mais
a sua sorte do que a ofensa que Me fizeram.


Pois é então que eles são injustos: não Me dando o que Me pertence e não
dando a si próprios o que lhes pertence. A Mim é-Me devido o amor, o
arrependimento da falta e a contrição; é isso que devem oferecer-Me devido
às suas ofensas, mas fazem o contrário. Não têm amor nem compaixão a não
ser por si mesmos, uma vez que só sabem lamentar-se dos castigos que os
esperam. Vês, portanto, que cometem uma injustiça e é por isso que dão por
si duplamente punidos, por terem desprezado a Minha misericórdia.

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