quarta-feira, 13 de março de 2013

Irmão de dom Odilo se diz aliviado com a decisão do conclave



Paulino Scherer repercutiu a escolha do pontífice argentino nesta quarta.
Apesar da expectativa, ele disse que família mantinha os 'pés no chão'.

Suellen FernandesDo G1 Vale do Paraíba e Região
Irmão do cardeal dom Odilo Scherer se diz aliviado com a escolha do novo Papa. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)Irmão do cardeal dom Odilo Scherer se diz aliviado
com a escolha. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

Apesar da expectativa em torno da possível escolha de dom Odilo Scherer para a sucessão papal - o nome do brasileiro figurava entre os de maior prestígio para ocupar o posto máximo da Igreja Católica antes do conclave -,  o irmão do cardeal, que vive em São José dos Campos (SP), Paulino Scherer, vê a escolha do conclave nesta quarta-feira (13) com alívio.

Os 115 cardeais elegeram no Vaticano o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 75 anos, como o novo pontífice, que adotou o nome Francisco I.

Para Paulino, apesar da expectativa anterior à eleição, a família estava preparada para um resultado diferente. "Meu irmão, dom Odilo, nos pediu pé no chão. Que o nome de fato poderia ser bem diferente dos que figuravam na mídia. Penso que não é um jogo de futebol, nem uma eleição política e, por isso, o nome de um argentino é bem vindo. Ter um irmão, de um país vizinho como Papa é uma honra", disse, por telefone, ao G1.
Ele disse que está aliviado, porque tinha a consciência de que a vida da família mudaria muito a partir da possível escolha de seu irmão como Papa. "Haveria com certeza uma certa pressão. De toda forma estamos tranquilos com a decisão dos cardeais", afirmou.

Surpresa
A decisão do conclave surpreendeu, pois o argentino não aparecia nas últimas listas de favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola.
A fumaça branca apareceu por volta das 19h08 locais (15h08 de Brasília), e foi recebida com festa pela multidão que tomava a Praça de São Pedro. Os sinos da Basílica de São Pedro tocaram.
Em sua primeira bênção, para uma Praça de São Pedro lotada de fiéis apesar da chuva, o argentino afirmou que "parece que seus colegas cardeais foram buscar o Papa no fim do mundo", em uma referência à sua Argentina natal.
Em tom sério, ele pediu aos cerca de 1,2 bilhão de católicos do mundo para "empreender um caminho de fraternidade, de amor" e de "evangelização".
Ele também agradeceu ao seu predecessor, o agora Papa Emérito Bento XVI, em um gesto sem precedentes na Igreja moderna: um Papa agradecendo a um sucessor vivo.
"Rezem por mim, e nos veremos em breve", afirmou, acrescentando que, nesta quinta-feira, pretende rezar para Nossa Senhora. "Boa noite a todos e bom descanso", finalizou, na varanda da Basílica de São Pedro, sob aplausos da multidão.

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