quinta-feira, 21 de março de 2013

Papa Francisco não foi cúmplice da ditadura argentina, diz Nobel da Paz



Adolfo Pérez Esquivez teve encontro privado com o Papa Bergoglio.
Então cardeal preferiu 'diplomacia silenciosa' no regime militar, disse.

Do G1, em São Paulo

O Papa Francisco "não foi cúmplice da ditadura" da Argentina, disse nesta quinta-feira (21) o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivez, prêmio Nobel da Paz, após encontro privado com o pontífice.
"O Papa não teve nada a ver com a ditadura", disse Esquivel a jornalistas. "Não foi cúmplice da ditadura, não colaborou. Preferiu uma diplomacia silenciosa, de pedir pelos presos, pelos sequestrados."
"Dentro da hierarquia católica argentina houve, sim, alguns bispos cúmplices com a ditadura, mas não Bergoglio', acrescentou o ativista.
'Houve poucos bispos que foram companheiros de luta contra a ditadura', reconheceu Pérez Esquivel, que foi recebido pelo Papa em sua biblioteca particular No palácio apostólico.
O ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel dá entrevista nesta quinta-feira (21) após encontro privado com o Papa Francisco no Vaticano (Foto: AFP)O ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel dá entrevista nesta quinta-feira (21) após encontro privado com o Papa Francisco no Vaticano (Foto: AFP)
"'Foi um reencontro muito emotivo, apesar de já nos conhecermos", contou, depois de assegurar que conversou com o pontífice argentino diferentes temas e, em particular, sobre a defesa dos direitos humanos.
"O Papa disse com clareza que é preciso buscar a verdade, a justiça e a reparação", assegurou o Nobel da Paz 1980
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE NOSSAS POSTAGENS