domingo, 21 de abril de 2013

Evangelho quotidiano

Domingo, dia 21 de Abril de 2013
4º Domingo da Páscoa - Ano C

Quarto Domingo do Tempo Pascal (semana IV do saltério)
Santo Anselmo de Cantuária, bispo, Doutor da Igreja, +1109,,  S. Romano Adame, presbítero, mártir, +1927



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
São Gregório Magno : «Dou-lhes a vida eterna»

Leituras

Actos 13,14.43-52.



Naqueles dias, Paulo e Barnabé deixaram Perga e, caminhando sempre, chegaram a Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. 
Depois da reunião, muitos judeus e prosélitos piedosos seguiam Paulo e Barnabé, os quais, nas suas conversas com eles, os exortavam a perseverar na graça de Deus. 
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do Senhor. 
A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfémias ao que Paulo dizia. 
Então, desassombradamente, Paulo e Barnabé afirmaram: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos, 
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra.» 
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. 
Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região. 
Mas os judeus incitaram as senhoras devotas mais distintas e os de maior categoria da cidade, desencadeando uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e expulsaram-nos do seu território. 
Estes, sacudindo contra eles o pó dos pés, foram para Icónio. 
Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. 


Apoc. 7,9.14b-17.


Eu, João, vi uma multidão enorme que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé com túnicas brancas diante do trono e diante do Cordeiro, e com palmas na mão. 
Eu respondi-lhe: «Meu senhor, tu é que sabes.» Ele disse-me: «Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro. 
Por isso, estão diante do trono de Deus e servem-no, noite e dia, no seu santuário, e o que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda. 
Nunca mais passarão fome nem sede; nem o sol nem o calor ardente cairão sobre eles, 
porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e conduzirá às fontes de água viva; e Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos.» 


João 10,27-30.


Naquele tempo, disse Jesus: «As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me. 
Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão. 
O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão do Pai. 
Eu e o Pai somos Um.» 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o evangelho, nº 14 (trad. Breviário)

«Dou-lhes a vida eterna»

O Senhor diz: «As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz; Eu conheço-as e elas
seguem-Me; e dou-lhes a vida eterna.» Delas tinha dito um pouco antes: «Se
alguém entrar por Mim, será salvo; poderá entrar e sair e encontrará
pastagem» (Jo 19, 9). Entrará efectivamente, abrindo-se à fé; sairá
passando da fé à visão e à contemplação, e encontrará pasto abundante no
banquete eterno. 


As Suas ovelhas, portanto, encontram pastagens, porque todo aquele que O
segue na simplicidade de coração é nutrido com um alimento de eterna
frescura. Que são afinal as pastagens destas ovelhas, senão as profundas
alegrias de um paraíso sempre verdejante? O alimento dos eleitos é o rosto
de Deus, sempre presente. Ao contemplá-lo sem interrupção, a alma sacia-se
eternamente com o alimento da vida.


Procuremos pois, irmãos caríssimos, alcançar estas pastagens, onde
poderemos alegrar-nos na companhia dos cidadãos do céu. A alegria festiva
dos bem-aventurados nos estimule. Reanimemos o nosso espírito, irmãos;
afervore-se a nossa fé nas verdades em que acreditamos; inflame-se a nossa
inspiração pelas coisas do céu. Amar assim já é caminhar. Nenhuma
contrariedade nos afaste da alegria desta solenidade interior. Se alguém,
com efeito, deseja atingir um lugar determinado, não há obstáculo no
caminho que o demova do seu intento. Nenhuma prosperidade sedutora nos
iluda. Insensato seria o viajante que, contemplando a beleza da paisagem,
se esquecesse de continuar a sua viagem até ao fim.

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