segunda-feira, 8 de abril de 2013

Evangelho quotidiano

Segunda-feira, dia 08 de Abril de 2013
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR, solenidad

Anunciação do Senhor (ofício próprio)
Santa Júlia Billiart, virgem, fundadora, +1816,  Santa Cacilda, princesa moura, eremita, +1007



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
Concílio Vaticano II : «Eis a serva do Senhor»

Leituras

Is. 7,10-14.8,10b.


Naqueles dias, o Senhor mandou dizer ao rei Acaz a seguinte mensagem: 
«Pede ao SENHOR teu Deus um sinal, quer no fundo dos abismos, quer lá no alto dos céus.» 
Acaz respondeu: «Não pedirei tal coisa, não tentarei o SENHOR.» 
Isaías respondeu: «Escuta, pois, casa de David: Não vos basta já ser molestos para os homens, senão que também ousais sê-lo para o meu Deus? 
Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel. 
Traçai planos, que serão frustrados; ordenai ameaças, que não serão executadas, pois temos o Emanuel: «Deus-connosco.» 


Heb. 10,4-10.

Irmãos: Uma vez que é impossível que o sangue dos touros e dos bodes apague os pecados. 
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo. 
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados. 
Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade. 
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados – e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei. 
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime, assim, o primeiro culto, para instaurar o segundo. 
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre. 


Lucas 1,26-38.


Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, 
a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. 
Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» 
Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. 
Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. 
Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. 
Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, 
reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» 
Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» 
O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. 
Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, 
porque nada é impossível a Deus.» 
Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela. 


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja «Lumen gentium», § 56

«Eis a serva do Senhor»

O Pai das misericórdias quis que a Encarnação fosse precedida de uma
aceitação por parte daquela que Ele predestinara para ser a Mãe. Ele quis
assim que, como uma mulher contribuiu para a morte (Gn 3), também outra
mulher contribuísse para a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe
de Jesus: dando à luz ao mundo a própria Vida, que tudo renova, Deus
adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão; e, por isso, não é de
admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda
santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio Espírito
Santo a modelou e dela fez uma nova criatura. Enriquecida, desde o primeiro
instante da sua conceição, com os esplendores duma santidade singular, a
Virgem de Nazaré é saudada pelo Anjo, da parte de Deus, como «cheia de
graça»; e responde ao mensageiro celeste: «Eis a escrava do Senhor, faça-se
em mim segundo a tua palavra».


Deste modo, Maria, filha de Adão, dando o seu consentimento à palavra
divina, tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou
de todo o coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente,
como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e
juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da
Redenção. Por isso, consideram com razão os Santos Padres que Maria não foi
utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou
livremente, pela fé e a obediência, na salvação dos homens. Como diz Santo
Ireneu, «obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o
género humano».

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