Rio de Janeiro, 19 mar (EFE).- A Petrobras pretende discutir com a venezuelana PDVSA sua participação na refinaria binacional que haviam decidido construir em Pernambuco, oito anos atrás, e cuja as negociações ficaram em suspenso pela morte do presidente Hugo Chávez.
"Estamos disponíveis para novas negociações com a PDVSA", comentou rapidamente a presidente da companhia Maria das Graças Foster.
Segundo a dirigente da empresa, a Petrobras tinha fixado para o dia 28 de fevereiro como prazo final para que a PDVSA apresentasse as garantias com as quais pretende assumir 40% de participação da refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída no estado nordestino. Ultimato que passou venceu, sem resposta.
"Depois aconteceu a morte de Chávez, o que interrompeu as negociações, mas já temos um encontro programado com os diretores da PDVSA para ver sua posição", explicou Graça Foster.
A empresa negou ter recebido proposta que permitiria a companhia venezuelana a se associar ao projeto, mas com uma participação inferior aos 40% previamente estipulados. "Nesse momento não estamos negociando nenhuma variação no percentual, mas estamos abertos a qualquer proposta", acrescentou o diretor de fornecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza.
A refinaria está sendo construída com capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo, na qual a Petrobras teria 60% e PDVSA 40%.
A Petrobras iniciou em 2007 a construção da refinaria, com recursos próprios, esperando que a PDVSA assumisse sua parte na dívida que a estatal fez com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a obra.
No entanto, o BNDES não aceitou até agora as garantias oferecidas pela companhia petrolífera venezuelana. Foster garantiu, no entanto, que independente da decisão da PDVSA, a Petrobras tem planos de colocar o primeiro parque da refinaria em operação em novembro do próximo ano e o segundo em março de 2015.
"Investimos até agora US$ 11,7 bilhões de dólares na refinaria e já temos 70,6% das obras concluídas. Seguimos firmes na construção", explicou a presidente, que definiu o equipamento como "vital", devido à produção de diesel. EFE
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