terça-feira, 12 de abril de 2011

preocupação nuclear no Brasil

Terça-feira, 12 de abril de 2011

Controle nuclear no Brasil

24/03/2011 08:08h
Brasília, 23 mar (EFE).- O Congresso Nacional debateu nesta quarta-feira os planos nucleares do Brasil e exigiu maior fiscalização nas usinas de Angra I e II, enquanto a Alemanha decidiu rever o aval dado à construção da terceira unidade no litoral fluminense, devido à crise atômica no Japão.
O debate, que reuniu membros da Câmara dos Deputados e do Senado junto a especialistas em energia nuclear, foi realizado diante dos temores causados pelo acidente ocorrido na usina japonesa de Fukushima após o terremoto do último dia 11.
Os planos de construção de Angra III foram postos em dúvida pelo Governo alemão justo nesta quarta-feira.
O Ministério da Economia da Alemanha anunciou em comunicado que irá rever o sinal verde que já outorgou à construção de Angra III, pois primeiro deve estudar com as autoridades brasileiras "até que ponto os fatos do Japão têm efeitos sobre o procedimento e os padrões a aplicar".
A notícia chegou ao Brasil quando terminava o debate legislativo, e por isso os deputados e senadores não chegaram a discutir a decisão alemã.
No entanto, os parlamentares decidiram criar uma comissão especial, que na próxima semana visitará as duas usinas de Angra dos Reis com o objetivo de verificar o funcionamento, os sistemas de segurança e também o preparo dado às 20 mil pessoas que vivem nos arredores do complexo sobre como agir em caso de emergência.
Ao debate foi convidado o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, que reconheceu que "não existe nada no mundo 100% seguro".
Mas, segundo ele, a empresa acompanha atentamente o desenvolvimento da crise no Japão, pois, em sua opinião, o que está ocorrendo serve para aprender e melhorar as medidas de prevenção.
No entanto, os planos de evacuação da Eletronuclear para Angra dos Reis não convenceram os parlamentares.
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) disse que escolheu ao acaso "cinco ou seis" telefones residenciais de Angra dos Reis, telefonou perguntou se as pessoas sabiam como agir em caso de acidente nuclear, mas afirmou que nenhuma das pessoas que o atenderam sabia o que fazer nessa hipótese.
"Falta um plano adequado e bem elaborado de treinamento. Isso é feito apenas uma vez por ano, e apenas com a participação de pessoas voluntárias", criticou o senador.
Durante o debate, também se levantaram dúvidas em relação aos procedimentos utilizados pela Eletronuclear para resguardar os resíduos radioativos gerados pelas duas usinas, que até agora são depositados em locais com espessas paredes de concreto que estão no mesmo complexo de Angra dos Reis.
Pinheiro da Silva assegurou que a radioatividade desses resíduos é "muito baixa" e disse que a empresa tem planos para construir depósitos subterrâneos especiais, onde esse despojo nuclear permaneceria com "absoluta segurança" durante "500 anos". EFE
Fonte : EFE

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