terça-feira, 12 de abril de 2011

sarney quer mudar lei do desarmamento

11/04/2011 - 11h19

Sarney apresenta amanhã proposta para novo referendo sobre armas

Do UOL Notícias*
Em São Paulo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), apresentará amanhã (12) aos líderes partidários proposta para a realização de um novo referendo sobre o desarmamento. A sua ideia é debater com os líderes a votação de um projeto de lei que estabeleça nova consulta à população sobre a proibição de vendas de arma de fogo no país.

Sarney afirmou que a intenção é votar de imediato a matéria. “Rui Barbosa já dizia que só quem não muda são as pedras ou do bem para o mal e do mal para o pior. Nesse caso, estamos mudando do mal para o bem”, disse o presidente do Senado.

Ele também apoiou a proposta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de debater com organizações não-governamentais a antecipação da Campanha Nacional pelo Desarmamento, prevista para junho. Segundo ele, toda iniciativa para promover e criar a consciência contra o desarmamento é bem-vinda.
“Desde o princípio, eu tenho dito a vocês que acho possível e devemos tomar uma iniciativa neste sentido. Eu vou tratar disso na próxima reunião de lideranças, com os líderes dos partidos, para ver se nós, imediatamente, temos condições de votar uma lei modificando o que foi decidido no plebiscito, fazendo outro plebiscito”, afirmou o senador.

Em 2005, o resultado da consulta popular verificou que mais de 60% dos eleitores eram a favor da manutenção da venda de armas de fogo e munição. Caso o resultado fosse pela proibição, apenas as Forças Armadas e as polícias estaduais e federais, guardas municipais, portuárias, empresas de seguranças e entidades desportivas poderiam comprar armas.
Na semana passada, o senador defendeu a revogação do Estatuto do Desarmamento, aprovado pelo Congresso em 2004, após consulta popular que decidiu pela manutenção da venda de armas no país. Na ocasião, José Sarney ressaltou que é necessário estabelecer uma política de “tolerância zero” em relação ao porte de armas.

A discussão veio à tona depois da tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um atirador matou doze estudantes.
*Com Agência Brasil e reportagem de Camila Campanerut, do UOL Notícias, em Brasília

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