quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Governo blinda Rosemary e aprova convite para ouvir Gurgel e FHC


Com o apoio e a articulação do senador Fernando Collor (PTB-AL), a base governista conseguiu impedir nesta quarta-feira a convocação de Rosemary Noronha, ex-chefe da gabinete da Presidência em São Paulo, para ser ouvida na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso. Também foram derrubados os requerimentos para ouvir a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
Em retaliação, Fernando Collor ainda trabalhou para aprovar convites para que sejam ouvidos na comissão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dando sequência à sua sanha contra o Ministério Público. A inclusão do nome do ex-presidente tucano foi uma provocação do líder do PT, Jilmar Tatto, que pede informação sobre a chamada “lista de Furnas” – documento forjado para atingir a oposição e abafar investigações sobre o escândalo do mensalão. Como se trata de convite, o comparecimento de Gurgel e FHC não é obrigatório.
O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), afirmou que articulação governista é uma “névoa” para tentar minimizar o estrago das revelações feitas pelo operador do mensalão, Marcos Valério, em depoimento ao Ministério Público Federal e a Operação Porto Seguro da Polícia Federal. ”Nós não temos o menor temor, é mais um movimento de o PT camuflar o que de fato o atinge e o preocupa.”
(Marcela Mattos, de Brasília)

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