sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

DÓLAR JÁ PASSOU DE DOIS REAIS NO GOVERNO DILMA.



Um dos assuntos mais comentados no cenário econômico das últimas semanas foi a alta do dólar. A moeda norte-americana se valorizou em relação ao Real e ultrapassou a marca de R$ 2. Todos querem saber quais serão as consequências para a economia brasileira e, principalmente, se a tendência de alta permanecerá nos próximos meses.
Sempre oriento que o dólar não deve ser visto como um investimento pelo pequeno investidor, mesmo que a alta da moeda norte-americana frequentemente apareça no noticiário com esse apelo, como o que acontece neste momento.
Instabilidade na Zona do Euro
A verdade é que a volatilidade do câmbio está atrelada, em muito, às dificuldades encontradas pela Grécia em encontrar uma saída para sua crise e as dúvidas quanto à saída do país ou não da Zona do Euro. Além disso, as incertezas quanto a outros países, como a Espanha, que teve a nota de crédito de seus bancos reduzida, também criaram preocupação aos investidores.
A relação entre esses acontecimentos e a alta do dólar é simples: quando incertezas como essa criam instabilidade na economia mundial, os investidores ao redor do mundo buscam a moeda americana para se proteger e essa procura torna a moeda mais valiosa (e cara).
Vou viajar para fora agora, o que devo saber?
Quem está de viagem marcada para o exterior para os próximos dias deverá, no mínimo, rever seus gastos planejados e buscar adequar o orçamento para não fazer da vigem um grande problema. Tente, sempre que possível, pagar com cartões pré-pagos (aqueles em que você coloca créditos antes da viagem).
Estes cartões são uma boa alternativa para evitar sustos no planejamento. Com ele você sabe, no momento em que carrega o plástico, quanto vai pagar pela moeda estrangeira, já que a moeda não sofre variação cambial depois de adquirida (como no cartão de crédito, por exemplo).
Além disso, não há a incidência de 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como no cartão de crédito. Nos pré-pagos, a taxa é de 0,38% e incide somente sobre as operações de câmbio. E ainda, a tarifa de saque no exterior costuma ser inferior a de outros meios de pagamento (cartões bancários, por exemplo).
Ainda vou planejar minha viagem, o que devo fazer?
Se você pretende viajar no futuro, uma boa alternativa para se proteger é comprar dólar aos poucos (mês a mês, por exemplo), já que dessa forma a exposição à alta da moeda será menor e melhor gerenciada. Deve-se buscar um bom preço médio e não a “melhor cotação”.
Vale ressaltar que a instabilidade da moeda e os picos de alta podem mudar no decorrer do tempo. O governo federal pode, por exemplo, utilizar suas reservas internacionais (cerca de US$ 352 bilhões) para dar liquidez ao mercado e influenciar na cotação da moeda, principalmente porque o dólar alto pode influenciar negativamente nossa inflação.
Quem está viajando de férias e ainda pode mudar o destino, vale avaliar algumas localidades nacionais. Os valores gastos estarão, ao menos nas próximas semanas, mais atraentes que pacotes ligados às moedas estrangeiras. É preciso ter bom senso.
A dica é a mesma de sempre: pesquise e esteja atento ao orçamento pessoal. Não gaste mais do que seu planejamento permite para que, dessa forma, as lembranças da viagem sejam realmente positivas e não relacionadas a dívidas que deverão ser pagas na volta pra casa. Boa viagem!

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