domingo, 17 de março de 2013

Lôbo: eficiência do serviço público não é objetivo das trocas ministeriais



Segundo comentarista, mudanças nas pastas do governo têm conotação política e indicam arranjos entre partidos para eleições do ano que vem.


A presidente Dilma Rousseff iniciou nesta sexta-feira (15) uma reforma ministerial. Segundo a comentarista de política Cristiana Lôbo, as trocas não buscam melhorar a eficiência do serviço público. “A mudança é muito mais ao gosto dos partidos, para selar a aliança para as eleições do ano que vem”, afirma.
O deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que assumiu o Ministério do Trabalho após a saída de Carlos Lupi (PDT-RJ), em 2011, deixa a pasta. Em seu lugar, entra o deputado Manoel Dias (PDT-SC). “Ele é secretário-geral do PDT, ligado a Carlos Lupi, voltando então a cúpula do partido a dominar o ministério”, destaca Lôbo.
O deputado mineiro Antonio Andrade (PMDB-MG) vai substituir Mendes Ribeiro (PDMB-RS) noMinistério da Agricultura. “O PMDB quis fortalecer esse laço com o PT em Minas Gerais, por isso a escolha de Andrade, que é presidente do partido em Minas. A ideia é selar desde já a aliança entre PMDB e PT para a candidatura de Fernando Pimentel”, aponta a comentarista.
A presidente deve oferecer a Mendes Ribeiro a Secretaria de Assuntos Estratégicos, ocupada hoje por Moreira Franco, que deve ser transferido para a Secretaria de Aviação Civil. Segundo Lôbo, a permanência de Ribeiro em alguma pasta também serve para manter Eliseu Padilha (PMDB-RS) na Câmara dos Deputados. “Ele é muito ligado ao vice-presidente Michel Temer, que tem feito gestos para manter a sua tropa em ministérios importantes e também no Congresso”, diz.

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